Venezuelano é condenado a 97 anos de prisão por incêndio criminoso que matou três pessoas em lotérica de Manaus

A tragédia aconteceu em 16 de agosto de 2022, quando Luís Siso ateou fogo no estabelecimento, supostamente utilizando gasolina

O venezuelano Luís Domingos Siso foi condenado a 97 anos de prisão pelo incêndio criminoso que resultou na morte de três funcionários de uma casa lotérica localizada no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro de Manaus. A sentença foi proferida na noite desta segunda-feira (9), ao fim do julgamento do réu, que ocorreu quase dois anos após o crime.

O caso, que chocou a capital amazonense, foi tratado como triplo homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado. A tragédia aconteceu em 16 de agosto de 2022, quando Luís Siso ateou fogo no estabelecimento, supostamente utilizando gasolina.

As vítimas fatais foram identificadas como Stefani do Nascimento Lima, Carlos Henrique da Silva Pontes e Henison Diego da Silva Mota. Além dos mortos, Andrielen Mota de Assis sobreviveu, mas sofreu queimaduras graves.

De acordo com informações da época, cinco pessoas ficaram feridas no incêndio. As vítimas foram socorridas por populares e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, na zona Centro-Sul da cidade. Quatro delas apresentavam estado grave: dois estavam entubados, sendo um internado no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) e outro no setor de politrauma.

A Polícia Militar prendeu o autor do crime em flagrante. O Corpo de Bombeiros utilizou cerca de dois mil litros de água para controlar as chamas e realizar o rescaldo no local. Técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) também estiveram no mercado para avaliar eventuais danos ao patrimônio histórico.

Com a condenação, Luís Domingos Siso cumprirá pena em regime fechado por um dos crimes mais graves registrados nos últimos anos na capital amazonense.

O episódio, motivado por um desentendimento durante atendimento na loteria, resultou em três vítimas fatais: os funcionários da lotérica Stefani do Nascimento Lima, Carlos Henrique da Silva Pontes e Henison Diego da Silva Mota, que estavam trabalhando no momento do ataque. Uma quarta vítima, Andrielen Mota de Assis, sobreviveu ao incêndio criminoso e atuou como testemunha do caso.

O MPAM apresentou denúncia pelos crimes de triplo homicídio, agravante do uso de fogo e exposição ao perigo comum (quando, além das vítimas, mais pessoas são colocadas em risco), impossibilidade de defesa das vítimas, tentativa de homicídio e incêndio cometido em edifício destinado a uso público.