A Prefeitura de Manaus conseguiu nesta quinta-feira (10), derruba os efeitos da decisão liminar da Justiça do Amazonas, que impedia o reajuste da tarifa de transporte público em Manaus.
O prefeito David Almeida (Avante) conseguiu derrubar a liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinada pelo presidente da corte Herman Benjamin que acolheu o pedido feito pelo gestor.
Logo após conseguir derrubar a liminar, David Almeida puniu o trabalhador manauara com o reajuste da tarifa da passagem de ônibus de R$ 4,50 para R$ 5 reais já nesta sexa-feira (11), pegando todos os usuários do transporte urbano de surpresa.
Prefeitura de Manaus sustentou ao STJ que a manutenção da decisão liminar traria impactos financeiros significativos. Segundo o município, a suspensão do reajuste resultaria em aumento de R$ 7,7 milhões por mês no subsídio pago ao sistema de transporte público, o que poderia gerar um impacto total de mais de R$ 92 milhões aos cofres públicos até o final de 2025.
Com o reajuste, o custo total do bilhete passará de R$ 7,50 para R$ 8,10, e o subsídio municipal às empresas aumentará de R$ 3,00 para R$ 4,00, permitindo que o usuário pague R$ 5,00.
“A passagem passa a ser de R$ 5,00. O vale-transporte será R$ 6,00, mas ele não é comprado pelo trabalhador, e sim pelo empregador, que repassa ao funcionário. Já a meia passagem continuará sendo subsidiada pela prefeitura, mantendo-se em R$ 2,50”, diz o prefeito.
David está trazendo novos ônibus sem a cadeira do cobrador, que deve fazer com que a profissão suma em Manaus, deixando centenas de pais e mães de família desempregados.
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos Urbano e Rodoviários de Manaus e Região Metropolitana, prometeu paralisar 100% da frota de ônibus em Manaus nesta próxima segunda-feira (14), por conta de insatisfações da categoria com a Prefeitura de Manaus.
Mesmo com as ameaças de greve geral, de protestos pelo aumento da tarifa da passagem de ônibus em Manaus, David parece não se importar com o impacto de um possível colapso do sistema de transporte.
“É a modernidade chegando, e a gente precisa se adaptar a ela. Mas não queremos causar um caos social. Estamos buscando um denominador comum para que essas mudanças ocorram de forma gradativa”, disse.