O vereador Gilmar Nascimento (Avante), ficou visivelmente irritado quando na sessão desta segunda-feira (9), durante o debate sobre o aumento salarial dos vereadores, prefeito, vice e seus secretários, foi novamente colocado que os parlamentares municipais, trabalhassem 5×2.
Segundo Gilmar Nascimento, a escala de trabalho 5×2, onde você trabalha a semana inteira e só folga aos sábados e domingos, é demais para os vereadoes. O aumento da carga horária para os parlamentares, impediria que eles podessem sair para realizar suas fiscalizações in loco.
“Se a gente ficar aqui cinco dias é um vazio muito grande pra Manaus. Porque hoje a população reclama ‘- cadê os vereadores, que ninguém vê os vereadores na rua. Vereadores só andam em época de eleição.’ A gente tem que sair da nossa cadeira, tem que tá lá no 28 de agosto, no João Lúcio, no Platão. Na lixeira viciada cobrando uma limpeza pública. E a gente vai ficar aqui de segunda a sexta-feira? Não pode ser a cabeça de um querer regular 41. Eu trabalho todos os dias.[…] Três dias é suficiente”, disse Gilmar.
Vale lembrar que o vereador Gilmar Nascimento, está entre os parlamentares municipais mais faltosos da Câmara Municipal de Manaus (CMM), segundo dados do Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL).
Mesmo iniciando o seu mandato apenas em fevereiro de 2022, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cassar o mandato do então vereador Sandro Maia, Gilmar Nascimento (Avante), faltou 56 sessões ordinárias que deveria comparecer, ficando atrás apenas do vereador David Reis (Avante), que faltou 81 vezes nesta legislatura.
Mudança de Regimento Interno CMM
Vereadores de oposição querem mudar o Regimento Interno da Câmara Municipal de Manaus (CMM), para que o trabalho dos parlamentares deixa de ser em apenas três dias e passe a ser durante os cinco dias da semana, como qualquer trabalhador.
Os vereadores que compõe a basa aliada do prefeito David Almeida (Avante), foram os que mais reclamaram da proposta para mudança do Regimento Interno da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que precisa de pelo menos um terço de assinaturas do parlamento, até o momento só conseguiu 12 vereadores a favor do projeto.
Assinaram o pedido os vereadores Ivo Neto (PMB), Caio André (UB), Lissandro Breval (PP), Bessa (PSB), Glória Carrate (PSB), Jaildo Oliveira (PV), Capitão Carpe (PL), William Alemão (Cidadania), Raiff Matos (PL), Alonso Oliveira (Agir) e Everton Assis (UB).
