O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), foram até a Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira (9), para reivindicar o reajuste salarial dos servidores que atuam a Secretaria Municipal de Educação de Manaus.
Além de reivindicarem 10% de aumento salarial da categoria, algo que o prefeito David Almeida (Avante) ignorou, os profissionais pedem da casa legislativa municipal, a retirada do Projeto de Lei nº 350/25, que dá apenas 5,48% de reajuste para os professores da rede municipal de ensino.
O Projeto de Lei foi enviado aos vereadores pela gestão David Almeida no último dia 31 de maio, mas foi protocolizado apenas no dia 2 de junho, mostrando que os vereadores da base aliada e a Prefeitura de Manaus, não tem qualquer pressa em votar o reajuste salarial dos professores.
A Asprom Sindical denuncia que David Almeida não respeitou a decisão da categoria e não quer conversar com os professores e pedagogos, não dando a chance de qualquer nova rodada de negociação com o Sindicato.
“O valor está abaixo. Na sua origem, o projeto já está errado. Está calculado de maneira incorreta. A categoria está reivindicando 10% de reajuste. Precisa que o prefeito deixe de ser autoritário, reabra a mesa de negociação e apresente uma contraproposta para que os professores possam prestigiar. Solicitamos que o líder do prefeito na CMM possa conversar com o prefeito sobre esse projeto. Se não acontecer, nós vamos entender como uma afronta à categoria do magistério. Nós merecemos, porque trabalhamos todos os dias nas escolas para ser uma educação de qualidade em Manaus”, disse a representante da Asprom Sindical Elma Sampaio.
Outro ponto que a categoria da educação básica de Manaus está batendo, é sobre o uso dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pela Semed e a Prefeitura de Manaus.
A gestão David Almeida e a ex-secretária da Semed Dulce Almeida, irmão do prefeito, estão sendo julgados e investigados pelos órgãos de fiscalização da administração pública como Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Ministério Público do Amazonas e Federal (MP-AM e MPF), pelo má uso de recursos do Fundeb.
De acordo com nota técnica emitida pelo TCE-AM, Manaus deixará de receber R$ 50 milhões do Governo Federal por meio do Fundeb 2025, na Modalidade Valor Aluno por Resultado (VAAR), devido a péssima administração e transparência na educação básica feita pela Semed e Prefeitura de Manaus.
“A nossa categoria também entende que precisa ter transparência nos recursos do Fundeb. O Fundeb deve ser para valorizar os professores, e não uma barganha, onde o secretário de Educação diz que, atingindo metas, os professores podem ser beneficiados. É necessário vasculhar e procurar saber se o prefeito de Manaus está realmente usando os recursos do Fundeb de maneira apropriada”, explicou Elma Sampaio durante seu discurso na CMM.
A categoria promete uma grande mobilização para exigir seus direitos à Prefeitura de Manaus, o que deve ser feito durante manifestações de professores e pedagogos que serão marcadas pelo sindicato, que devem culminar em uma greve geral na educação municipal.
A falta de transparência e gestão de David Almeida e seus aliados, está transformando a cidade de Manaus em uma bomba relógio, que pode explodir a qualquer momento, por conta das suspeitas de corrupção e descasos na prefeitura.