O senador Omar Aziz (PSD-AM), recentemente eleito para comandar a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado, afirmou que o colegiado vai investigar se as joias doadas pelo governo da Arábia Saudita a integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL) foram um presente ou propina em troca da venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia.

“Como presidente da comissão CTFC, vou abrir investigação no Senado sobre a venda refinaria da Petrobras Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital”, publicou Aziz em uma rede social.

Aziz anunciou que pedirá à Petrobras documentos sobre a avaliação de preço abaixo do valor de mercado do ativo brasileiro para os estrangeiros.

A suspeita é que a venda da refinaria em 2021, negociada por R$ 1,6 bilhão – preço abaixo do estimado pelo mercado, tenha relação com as jóias ofertadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo governo saudita.

Um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes, com valor estimado em de R$ 16,5 milhões, foram retidos no mesmo ano pela Receita Federal quando o militar Marcos André dos Santos Soeiro, voltava da Arábia Saudita por ocasião de uma viagem oficial do governo.

Conforme publicação nas redes sociais, o senador afirmou que a comissão irá pedir documentos da Petrobras sobre a avaliação de preço abaixo do valor de mercado do ativo brasileiro para os estrangeiros.

“Qualquer violação ao interesse da União, relação com a tentativa de descaminho de joias, ou qualquer ato que tenha gerado vantagens a autoridades nessa venda, será levado à Justiça para punição dos envolvidos”, indicou Aziz no Twitter ao anexar na mesma publicação uma matéria do site Carta Capital onde a Federação Única dos Petroleiros (FUP) aciona o Ministério Público Federal (MPF) sobre o caso.