TCE-AM vai fazer auditoria na folha de pagamento da Semed para identificar irregularidades

Uma auditoria de conformidade na folha de pagamentos da Secretaria Municipal de Educação (Semed) Manaus, pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), com o objetivo de apurar irregularidades com gasto de pessoal na secretaria.

A conselheira presidente do órgão de contas Yara Lins, designou os servidores Lucas Kenji Gomes, Aline Melquíades Silva e Bruno Machado Moreira, para a realização da auditoria seguindo um cronograma em três etapas:

  • Planejamento: De 1º de julho a 14 de setembro de 2025;
  • Execução: De 15 de setembro a 30 de novembro de 2025;
  • Relatório Conclusivo: De 1º a 19 de dezembro de 2025.

A auditoria na folha de pagamento da Semed cumpre o plano de inspeção ordinária das Diretorias e Departamentos vinculados à Secretaria de Controle Externo (Secex) para o ano de 2025, conforme aprovado em sessões do Tribunal Pleno em novembro de 2024 e maio de 2025.

Vale ressaltar que o prefeito David Almeida (Avante) enfrenta graves acusações sobre sua gestão na Educação Municipal, como o uso indevido de R$ 41 milhões de reais do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), para pagar o Fundo de Saúde dos Servidores Municipais (Funserv).

A Prefeitura de Manaus por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), não cumpriu critérios exigidos por Lei, para receber cerca de R$ 54 milhões de repasses do Governo Federal referente ao Fundeb.

Segundo o Ministério da Educação, David e Semed não cumpriram com a condição de que teriam de nomear gestores de escolas com base em mérito e desempenho, o que resultou na punição direta à Prefeitura de Manaus, com a exclusão do Valor Aluno Ano Resultado (VAAR). A exigência está prevista na Lei que regulamenta o Fundeb e é considerada essencial para garantir qualidade na aplicação dos recursos.

Outra questão é a possível greve dos professores e pedagogos da educação municipal, que rejeitaram o reajuste salarial proposto pelo prefeito, de 5,48%, já que a categoria exige um reajuste de pelo menos 10% em seus salários.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), investiga o prefeito David e sua irmã Dulce Almeida, por conta do desvio de mais de R$ 41,8 milhões do Fundeb para Funserv.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), pode agir a qualquer momento, com auxílio da Polícia Federal e do MP-AM e MPF, para saber as extensões do dano ao erário público deixado pelos irmãos na Prefeitura de Manaus e nos recursos do Fundeb.