Presente de Natal: Matulinho aluga casa de amiga por quase 25 mil em Caapiranga

O prefeito cassado Matulinho Braz (UB), vai alugar uma casa para instalar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Limpeza Pública de Caapiranga.

De acordo com o Diário Oficial dos Municípios (DOM), desta segunda-feira (03/11), Matulinho Braz vai gastar R$ 24 mil reais no aluguel de uma residência, situada na Praça 28 de Dezembro, n° 332, em Caapiranga, no interior do Amazonas.

Segundo informações, o local seria de propriedade de uma pessoa identificada como sendo KAREN FERREIRA LOUREIRO, que seria alguém ligada ao prefeito Matulinho Braz.

O aluguel desse imóvel deve ser investigado pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), a pedido do Ministério Público de Contas (MPC), que aponta irregularidades na contratação.

Prefeito e vice cassados no TRE-AM por abuso de poder

Após denúncias feitas no Portal Abutre da Notícia, o Ministério Público Eleitoral (MPE), pediu a cassação dos diplomas do prefeito Matulinho Xavier Braz (UB), e do vice-prefeito Jorge Martins Sobrinho (UB) por abuso de poder político e econômico, e o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), acatou esse pedido.

De acordo com a denúncia feita no Portal Abutre e posteriormente apresentada pelo MPE ao TRE-AM, o ex-prefeito de Caapiranga Francisco Andrade Braz, cometeram crime eleitoral ao utilizar a máquina administrativa em benefício da candidatura do sobrinho Matulinho Braz e seu vice, Jorge Sobrinho, nas eleições de 2024.

O TRE-AM acatou a solicitação do MPE e cassou os diplomas de Matulinho Braz e de seu vice Jorge Martins Sobrinho, além de declarar os dois políticos inelegíveis por oito anos, contando a partir do pleito de 2024.

Já o ex-prefeito Francisco Andrade Braz, mais conhecido como “Tico Braz”, foi condenado ao pagamento de uma multa no valor de 50 mil UFIRs, equivalente a R$ 50 mil reais.

Crimes eleitorais cometidos

A promotoria eleitoral apontou que a gestão municipal de Tico Braz em Caapiranga, teria realizado contratações irregulares de servidores públicos em período proibido pela legislação eleitoral, prática que pode configurar uso da máquina administrativa em benefício de candidaturas.

Além disso, o MPE acusa os envolvidos de promoverem perseguições políticas contra opositores, o que, segundo o órgão, desequilibrou a disputa eleitoral no município.

O parecer destaca que tais condutas violam princípios básicos da igualdade entre candidatos, afetando diretamente a lisura e a competitividade do processo democrático em Caapiranga.