Portal da Transparência mostra que gestão David Almeida deixou a Defesa Civil sem recursos para lidar com desastres naturais

As tragédias ocasionadas pelas fortes chuvas que caem na capital amazonense durante esse período, causando desmoronamentos de barrancos e mortes, levantou uma questão.

Qual foi o investimento feito pela Prefeitura de Manaus na Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil? E quanto desse dinheiro foi realmente gasto para previnir desastres que são comuns na região durante as chuvas?

De acordo com o Portal da Transparência da Prefeitura de Manaus, os gastos com a Defesa Civil de Manaus, somaram mais de R$ 51,6 milhões, sendo que desse valor, apenas R$ 627,9 mil, foram destinados para ações preventivas a desastres na cidade.

Mesmo sendo considerada a cidade brasileira com mais desastres naturais, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a Prefeitura de Manaus parece não se importar com os riscos à vida de sua população, e não cria um projeto concreto para combater e previnir desastres.

Para economizar com a Defesa Civil, a Prefeitura de Manaus elaborou em 2024, um “Plano de Contingência” (Plancon), para previnir e mitigar ações de desastres na capital, com um trabalho de contenção de encostas, as chamadas “erosões”, e mesmo com informações atualizadas, a gestão David Almeida utilizou informações de 2010 a 2020 para embasar o planejamento das ações a partir de 2025.

No acidente do último domingo (19), que vitimou uma família no bairro da Redenção, onde um homem e sua filha pequena perderam sua vida após o barranco desabar em suas casas, a Prefeitura de Manaus por meio da Defesa Civil municipal, ainda chegou a culpar a vítima pelo desastre.

Despreparados e sem um plano concreto para lidar com desastres, a gestão David Almeida agora busca correr contra o tempo para melhorar sua imagem diante das críticas que vem recebendo, por não saber lidar com algo previsível como o desbarrancamento de encostas, que tira a vida de pais de família que não tiveram a oportunidade de morar em um condomínio na Ponta Negra, como o prefeito teve.