A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) realizou nesta quinta-feira (20), uma coletiva de imprensa onde anunciou o fim das investigações acerca da morte de Djidja Cardoso, além dos desdobramentos da Operação Mandrágora, que culminou na prisão da mãe e irmão da ex-sinhazinha e de outros envolvidos.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (Dip), ao todo, 11 pessoas foram indiciadas por pelo menos 11 crimes diferentes. Além disso, a polícia revelou que os suspeitos envolvidos no caso planejavam criar uma clínica veterinária para facilitar a compra e uso da cetamina.
As investigações confirmaram que Djidja faleceu em decorrência do uso excessivo de cetamina e potenay, substâncias que são de uso veterinário. Também foi confirmada a existência da seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Cleusimar e Ademar Cardoso.
Ainda segundo o delegado Cícero Túlio, a seita tinha o objetivo de induzir funcionários da rede de salões de Djidja a fazer o uso das substâncias.
“Houve a fundação de uma seita religiosa para fins criminosos, onde havia o fomento de prática do tráfico de drogas, principalmente, onde os familiares que fundaram essa seita, ofereciam e induziam os funcionários de uma grande rede de salões de beleza a utilizar a substância ketamina e pontenay”.
O titular apontou também, que os envolvidos estavam planejando criar uma clínica veterinária para facilitar a comercialização e consumo das substâncias.
“Eles arquitetavam a criação de uma clínica veterinária para que pudesse adquirir com maior facilidade esse produto. Eles também almejavam a criação de uma comunidade, a partir da compra de um terreno, para fins de criar uma vila, onde as pessoas iriam ali residir e fazer o uso indiscriminado da ketamina e promover os cultos da seita”, explicou o delegado.
Entre os presos e indiciados estão a mãe e irmão de Djidja, Cleusimar e Ademar Cardoso; Verônica Seixas, Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, funcionários do salão de beleza; Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja; Hatus Silveira; dois funcionários da clínica MaxVet; e José Máximo, dono da clínica.
Entre os crimes que os suspeitos irão responder estão:
- Tráfico de drogas;
- Associação para o tráfico de drogas;
- Falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos;
- Estupro de vulnerável;
- Sequestro e cárcere privado;
- Tortura;
- Charlatanismo;
- Tortura com resultado morte;
- Exercício ilegal da medicina;
- Favorecimento pessoal;
- entre outros.