O suposto cartel de donos de postos de combustíveis que comandam à venda de gasolina, óleo diesel e etanol em Manaus, continua deixando o valor oferecido na capital amazonense como o segundo mais alto do país, ficando atrás apenas do estado do Acre.
De acordo com informações repassadas pela Petrobrás, a média de preço da gasolina comum é de R$ 5,63 no Brasil e a venda na refinaria é de R$ 2,05, sem imposto. Já no Amazonas, a média de preço é de R$ 6,52, ou seja 89 centavos a mais em relação à média nacional na venda ao consumidor.
A Petrobras vem diminuindo o valor do preço dos combustíveis sucessivamente, mas os consumidores de Manaus não sentem a redução do preço dos combustíveis, já que a empresa responsável pela distribuição de derivados de petróleo no Amazonas a Refinaria da Amazônia (Ream), não reduz seus valores nos postos da capital.
O controle da refinaria do Amazonas que antes era feito pela Petrobras, em 2022 foi vendida pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para uma empresa privada, que determina o valor repassado aos postos de combustíveis e consequentemente aos consumidores finais.
Por meio de nota, o Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis e Petróleo (Sindicombustiveis-AM), disse que não interfere nos preços dos combustíveis e na administração dos postos, ressaltando que o mercado é livre para que as empresas determinem o valor a ser cobrado pelos seus produtos.
“Ressaltamos que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto decidir qual será seu preço final, de acordo com suas estruturas de custo. O preço final ao consumidor varia em função de múltiplos fatores como: carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc)”.
Já o Programa Estadual de Proteção e Orientação do Consumidor (Procon Amazonas), afirma que tem o conhecimento de preços dos combustíveis por parte da Petrobras e que acompanha as medidas da refinaria de Manaus e vem realizando fiscalizações para que o consumidor não seja lesado.
Ainda segundo o Procon-AM, as fiscalizações do órgão não detectou a redução nos preços dos combustíveis praticados efetivamente nas bombas de postos de combustíveis da capital.
“A redução foi anunciada para o dia 15 de dezembro e deve incidir sobre o preço de comercialização entre a refinaria e distribuidoras, não havendo ainda dados a respeito do preço a ser comercializado para com os postos e por conseguinte, nem o preço que será atribuído ao produto para o consumidor final. Até o momento das últimas fiscalizações realizadas não houve alteração de preços.”