Preocupado com a segurança dos mais de dois milhões de passageiros que navegam pelos rios do Amazonas anualmente, o senador Omar Aziz (PSD-AM) defende uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para a criação de uma Polícia Hidroviária Federal para combater a criminalidade pelos rios do País.
Para o líder da Bancada Federal do Amazonas, os constantes ataques de piratas a embarcações pelo interior do Estado, além do narcotráfico nas regiões de fronteira e a mineração ilegal, são motivos suficientes para a criação de uma força policial especializada.
“Já entrei com um projeto na semana passada e vou conversar com o ministro da Justiça (Flávio Dino) sobre a necessidade de termos uma Polícia Hidroviária Federal. Hoje já temos tecnologia de ponta para identificar e enfrentar o narcotráfico e outras atividades ilegais nos rios. Isso tem um custo, mas esse custo vai beneficiar uma população que precisa de segurança nos nossos rios. A Polícia Civil e Militar atualmente não tem estrutura para cuidar dos nossos rios”, adiantou Omar.
Barcelos
O tema da violência nos rios do Amazonas voltou a ser pauta esta semana após o relato de tripulantes de uma embarcação que teriam confundido o pedido de parada por agentes da Polícia Federal com a ação de piratas, no município de Barcelos.
“Temos muitos relatos de famílias que saem para praias aqui perto de Manaus mesmo e são interceptadas por bandidos. Se tem uma Polícia Rodoviária, tem que ter uma Polícia Hidroviária. As duas principais rodovias que dão acesso a outros estados estão intrafegáveis. Nossas estradas são os nossos rios e hoje não há quem chamar nesses casos para se atender com rapidez”, destacou Omar.
Porto
O parlamentar também informou que está trabalhando para que Manaus tenha um porto de passageiros que atenda de maneira digna a população do interior do Amazonas.
“Nós temos uma condição precária no porto de embarque e desembarque de passageiros na Manaus Moderna. É minha obrigação dar visibilidade para esse e outros problemas que a Amazônia tem e ir em busca das soluções. Se o Brasil e o mundo querem que a Amazônia seja um celeiro da preservação, é preciso também dar segurança para a navegação das pessoas que vivem e ajudam a proteger a floresta”, completou Omar.