“Pai Marcos”, preso por desviar R$ 20 milhões de sua ONG, aparece em vídeo mordendo orelha de menino

O empresário Marcos Bastos Reis Maia, de 49 anos, mais conhecido como “Pai Marcos”, preso durante a operação “O Pai Tá Off” da polícia civil do Amazonas, por desviar R$ 20 milhões da ONG “Pai Resgatando Vidas” na qual ele era o administrador, aparece em um vídeo em que morde a orelha de um menino menor de idade, dando uma conotação sexual.

Além de ser acusado de desviar cerca de R$ 20 milhões em recursos doados a ONG que ele administra, para ajudar pessoas em situação de rua e com problemas com drogas, Pai Marcos como era conhecido, é acusado de trocar dinheiro e comida a menores de rua em busca de sexo.

Em um vídeo divulgado nesta quinta-feira, Marcos Bastos aparece deitado com um menor, que tenta falar com ele sobre algum problema e ela morde a orelha do menino, dando uma conotação sexual.

Marcos nega as acusações, mas a polícia civil possuí diversos vídeos com meninos e meninas em situação de vulnerabilidade social, da qual, segundo as investigações, ele utilizava para arrecadar dinheiro para sua ONG e se satisfazer sexualmente. O vídeo que circula nas rede sociais faz parte das investigações da civil.

Além de Marcos, seu filho Wilson Bastos e seus outros familiares foram presos durante a operação da polícia civil denominada “O Pai Tá Off”, que ainda apreendeu armas e joias com a família em Manaus e Iranduba.

A Polícia Civil do Amazonas desarticulou um esquema envolvendo a ONG “Pai Resgatando Vidas”, que era liderada por Marcos Bastos e tinha seus familiares como principais organizadores, que desviou de 2019 a 2024, cerca de mais de R$ 20 milhões em doações.

Pai Marcos já pensava em alçar voos maiores como pré-candidato à vereador de Manaus, usando o nome da ONG Pai Resgatando Vidas, que servia para desviar verbas e lavar dinheiro, que eram utilizados pelos seus familiares para comprar bens de luxo, como carros e lanchas.

Na chegada de Marcos e Wilson à delegacia, o homem chegou a debochar de sua prisão e xingar profissionais de imprensa que faziam a cobertura dos fatos.