Órgãos de controle se calam Diante do Maior escândalo da gestão David Almeida “ Sou Manaus “ os gastos podem ultrapassar R$ 50 milhões do dinheiro público

Por: Redação

Gastos totais do Sou Manaus seguem escondidos enquanto prefeito paga R$ 21,5 milhões a empresário preso por corrupção

Manaus assiste em silêncio ao que pode ser o maior escândalo da atual gestão municipal. Em dois anos consecutivos  2024 e 2025 o prefeito David Almeida (Avante) se recusa a divulgar o valor total e detalhado da festa Sou Manaus Passo a Paço, mesmo após afirmar publicamente que o evento poderia custar até R$ 30 milhões.

Pior: em 2025, a prefeitura autorizou o pagamento de R$ 21,5 milhões a Alexsuel Rodrigues, empresário que já foi preso por corrupção em Coari e que agora figura como patrocinador oficial da festa promovida por David Almeida.

Enquanto isso, os principais órgãos de fiscalização e controle Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Câmara Municipal de Manaus (CMM) e até setores internos da Controladoria-Geral do Município  se mantêm calados. Nenhuma medida efetiva foi tomada. Nenhuma convocação, pedido de explicação ou abertura formal de investigação foi anunciada.

Transparência zero e conivência institucional

Em um Estado onde a corrupção já provocou escândalos nacionais, a omissão dos órgãos fiscalizadores chama atenção. A Prefeitura:

  • Não publicou planilhas de custos da edição 2024 do Sou Manaus;
  • Esconde os contratos com artistas e empresas de estrutura;
  • E evita divulgar documentos sobre a desapropriação milionária feita em favor do empresário preso.

Enquanto isso, a Manauscult, órgão municipal responsável pela organização do evento, segue assinando contratos milionários — como os R$ 15,1 milhões pagos recentemente à empresa Barra Som Sistema de Áudio Ltda.

Sociedade com condenado e compensações políticas

Alexsuel Rodrigues, dono da Rodrigues Colchões e do Supermercado Rodrigues, foi preso em 2019 por seu envolvimento em um esquema de desvio de verbas públicas em Coari, durante a gestão de Adail Filho.

Agora, aparece como parceiro e patrocinador do evento mais caro e midiático da Prefeitura de Manaus. A desapropriação de R$ 21,5 milhões seria, segundo fontes dos bastidores políticos, uma compensação velada pelo apoio ao evento.

Não é o primeiro contrato: o mesmo grupo já foi beneficiado em 2023 com R$ 33 milhões para fornecer leite ao programa “Leite do Meu Filho”.

E a Câmara de Manaus, vai continuar fingindo que não vê?

Na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o silêncio é cúmplice. Nenhum vereador nem mesmo os da oposição  apresentou pedido de informação, convocação de secretários ou requerimento de CPI para apurar os contratos do Sou Manaus, os cachês artísticos ou a desapropriação bilionária.

A base aliada de David Almeida domina o plenário, transformando o Legislativo municipal em uma extensão do gabinete do prefeito, onde reina o silêncio e a omissão.

Quem vai cobrar a verdade?

Com tanto dinheiro público em jogo, a população tem o direito de saber:

  • Quanto custou a edição 2024 do Sou Manaus?
  • Por que os contratos não foram publicados com clareza?
  • Por que a Prefeitura premia um empresário que já foi preso por corrupção?
  • E o mais grave: por que os órgãos de controle não fazem nada?

A cidade cobra. O povo paga. E os órgãos assistem.

Enquanto bairros enfrentam abandono, crateras nas ruas e colapso nos serviços públicos, a gestão David Almeida segue priorizando festas milionárias, silenciando dados e favorecendo aliados com histórico criminal.

O escândalo está escancarado. Falta apenas quem queira agir.