Enquanto Anderson Sousa (UB), está em seu último ano de mandato à frente da Prefeitura do Rio Preto da Eva, sendo reconduzido a presidência da Associação Amazonense de Municípios sem ser prefeito de qualquer município em 2025, o Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), abriu uma inquérito para investigar o político.

O inquérito investiga o “sumiço” de R$ 8 milhões que seriam destinados para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em 2023.

No início do ano, Jair Morais Bleides presidente do Conselho do Fundeb em Rio Preto da Eva, apresentou documentos que comprovam que Anderson Sousa recebeu mais de R$ 8 milhões em recursos destinados ao fundo, mas que não foram repassados para os profissionais de educação do município.

doc-fundeb-rio-preto MPF-AM vai investigar possível desvio de recursos do Fundeb em Rio Preto da EvaIMG_4903-768x1024-1 MPF-AM vai investigar possível desvio de recursos do Fundeb em Rio Preto da Eva

Em 2019, oMinistério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), já tinha um Inquérito Civil para apurar supostas irregularidades na aplicação de recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb), praticadas pelo prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Sousa, entre os anos 2017 e 2018.

De acordo com o documento, as supostas irregularidades consubstanciadas no desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), no valor de R$ 705.182,44, deveria ter sido repassada aos professores do município, referente ao abono 2017/2018.

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Entre 2015 e 2017, o prefeito Anderson Sousa foi condenado a pagar mais de R$ 1,2 milhão ao Tribunal de Contas da União por irregularidades em prestações de contas, multas e devoluções aos cofres públicos durantes gestões anteriores.

Em 2017, a Justiça Federal no Amazonas condenou o prefeito Anderson Souza e a Construtora Paricá Ltda, por atos de improbidade administrativa e ressarcimento de R$ 2,4 milhões pela obra de construção de um complexo turístico na cidade. O gestor também teve decretada a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos por oito anos.

Desde então, por meio de sua assessoria, o prefeito informou que conseguiu ingressar com uma apelação no Tribunal Regional Federal (TRF1), antes que o processo de improbidade administrativa entrasse na fase de transito em julgamento, não havendo o julgamento final do processo e a cassação efetiva do prefeito.

Em breve a Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), deve fazer nova ‘visitinha’ a Anderson Sousa, que não deve escapar da prisão por diversos crimes.