Motociclistas de aplicativo de transporte urbano, se reuniram em frente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), onde protestaram contra o vereador Elissandro Bessa (SD), autor da Lei Orgânica de Manaus (LOMAN) nº 9 /2023, que limitou a renovação da frota do transporte público e o serviço de motoqueiros das plataformas UBER e 99 na capital.
De acordo com a emenda da Lei Orgânica de Manaus proposto por Bessa, obriga as empresas de aplicativos recadastrar os motociclistas junto ao Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), limitando em apenas 8 mil o número de trabalhadores de aplicativo.
O vereador que é ex-taxista não só limitou o número de trabalhadores de aplicativo em transporte por motocicleta, como vai dificultar empresas de aluguel de veículos de duas rodas, já que para se regularizar junto ao IMMU, o trabalhador deve possuir sua motocicleta própria, proibindo assim o aluguel dos veículos.
Os mototaxistas e motoqueiros por aplicativo que foram pegos fazendo o transporte irregular de passageiros, terão sua motocicleta apreendida e pagaram uma pesada multa por descumprir a Lei municipal.
Para o vereador Bessa, transporte coletivo e de aplicativo não é problema, já que tem em sua conta todo mês R$ 38 mil da Cota de Exercício de Atividade Parlamentar (Ceap), o famoso “Cotão”, a sua disposição para alugar carros de luxo, como o que ele costuma andar.
Apenas em 2023, o vereador gastou R$ 327,1 mil com assessoria, jurídica, combustível, aluguel de veículos terrestre e fluvial do Cotão.
Elissandro Bessa é um ex-taxista que já tentou em outros momentos, dificultar os serviços de plataformas de transporte por aplicativo, e sugeriu, que o prefeito e o governador pagassem 50% do valor de táxis, para que os taxistas adquiram carros elétricos sob a alegação de preservar o meio ambiente.
Eleito para trabalhar pela população de Manaus que em sua maioria depende do transporte público, Bessa parece que esqueceu que o povo precisa de ônibus novos e não apenas transportes de táxi.