O Ministério Público Eleitoral (MPE), deve investigar o vereador Eduardo Alfaia (Avante), por utilizar um encontro de jovens em uma igreja evangélica, para pedir explicitamente votos.
O Congresso de Jovens e Adolescentes, conhecido como “CONJADEM”, que ocorreu em fevereiro deste ano na igreja Ministério de Madureira, onde o vereador é pastor e vice-presidente da congregação no Amazonas.
O nome do vereador Eduardo Alfaia, aparece como organizador do evento, além de também estar impresso nas pulseiras de acesso ao congresso da igreja e teria sido feito pelo pastor Adeilson Sales, o pedido de votos ao então apenas pré-candidato à reeleição, algo vetado pela Justiça Eleitoral.
“É ele, pastor Eduardo Alfaia, vereador reeleito nessa cidade, uma das maiores votações que ele já teve na história, posso contar com vocês, senhores jovens? Olha só, vocês são tudo obedientes, apontem para quem está do seu lado. Nem ouse pensar em outro, é trair a sua igreja”, disse o pastor durante o evento de jovens na igreja Ministério de Madureira.
A Justiça Eleitoral aponta como proibido – antes do período permitido por lei, o qual foi dado início somente na segunda semana de agosto -, declarar candidatura antes da hora e fazer qualquer pedido de voto de forma explícita ou implícita.
Investigado por esquema de desvio de recursos em Iranduba
O vereador Eduardo Alfaia (Avante), foi um dos investigados e presos pela Controladoria-Geral da União (CGU) no âmbito da Operação Cauxi, por integrar um esquema que desviou R$ 56 milhões dos cofres da Prefeitura de Iranduba.
Segundo as investigações do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), com a polícia civil, o ex-prefeito Xinaik Silva Medeiros e os demais acusados e investigados, entre eles Eduardo Alfaia, promoviam fraudes em licitações e em contratos de aluguéis na Prefeitura de Iranduba.
Eduardo Alfaia era um dos secretários municipais de Iranduba em 2015, quando a ação do MP-AM e da polícia, desarticulou o esquema de desvio de recursos na Prefeitura de Iranduba.
Na época, foram apontadas irregularidades em cerca de 127 licitações de obras e serviços que seriam executados na cidade. Os casos envolviam, além de obras, irregularidades nos serviços de transporte escolar, coleta de lixo da cidade, entre outros.
Os integrantes do esquema foram acusados de praticarem crimes como peculato, corrupção passiva, concussão, falsidade ideológica, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e crime de responsabilidade fiscal durante a execução de contrato de obras, serviços e aquisição de materiais para a Prefeitura de Iranduba.