O Ministério da Defesa informou, no fim da tarde desta segunda-feira (7), que encaminhará na quarta-feira (9) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o “relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação”.

Convidados a participar da Comissão de Transparência criada pelo TSE para acompanhar as eleições deste ano, os militares — pressionados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições — anunciaram, antes da votação, que fariam uma espécie de fiscalização independente das urnas eletrônicas.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chegou a determinar que a Defesa entregasse o resultado da fiscalização após a votação em primeiro turno, em 2 de outubro, mas os militares prometeram fazer isso até 30 dias após o segundo turno, realizado no último 30 de outubro.

“Ao término do processo será elaborado um relatório contemplando toda a extensão da atuação das Forças Armadas como entidades fiscalizadoras, com os documentos atinentes às atividades em comento. Tal relatório será encaminhado ao TSE em até 30 dias após o encerramento da etapa 8 do Plano de Trabalho”, informou o Ministério da Defesa, em nota técnica enviada a Moraes em 19 de outubro.

Apoiadores de Bolsonaro insatisfeitos com o resultado da eleição têm pressionado as Forças Armadas na última semana para interferir no processo eleitoral. Não há nenhuma indicação até agora, porém, de que os militares tenham encontrado algum problema com as urnas eletrônicas.

*Com informações de Metrópolis