O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, juntamente com seus advogados, procuraram a Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (7), para fechar um acordo de delação premiada, com a intenção de colaborar com as autoridades sobre as investigações sobre a tentativa de golpe de estado em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano.

De acordo com informações do portal de notícias G1, Mauro Cid compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF), voluntariamente, para confirmar sua intenção de colaborar com as autoridades em uma delação premiada.

O juiz Marco Antônio conduziu uma audiência com Mauro Cid e seu advogado para verificar a autenticidade de sua decisão, que agora, será submetida à análise do ministro do STF, Alexandre de Moraes, para homologação.

A Polícia Federal (PF) concordou em fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, após este ter prestado depoimentos nos últimos 20 dias. Entretanto, o Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser consultado para definir as condições finais do acordo.

As suspeitas que recaem sobre o ex-ajudante de ordens incluem seu envolvimento em uma série de atividades ilícitas, sendo suspeito de participar da tentativa de trazer ilegalmente para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita e de tentar vender, de forma irregular, presentes oferecidos ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras durante viagens oficiais.

Além disso, Mauro Cid é investigado por suposto envolvimento em uma fraude relacionada às carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente, bem como por tratativas relacionadas a uma possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.

As investigações também abrangem seu suposto envolvimento em tratativas relacionadas a um possível golpe de estado.