Celso Souza de Paula, juiz de direito titular da 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas, decidiu na manhã desta segunda-feira (9), manter a prisão preventiva de Ademar Farias Cardoso Neto, Cleusimar de Jesus Cardoso, Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira, envolvidos no caso da seita “Pai, Mãe e Vida”, do caso Djidja Cardoso.
Os advogados dos acusados, entraram na última quarta-feira (4), com o pedido de relaxamento de prisão dos envolvidos no caso Djidja, durante o depoimentos deles na 3.ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas da Comarca de Manaus, onde dez pessoas foram ouvidas em juízo.
Ao todo, 11 pessoas foram indiciadas por pelo menos 11 crimes diferentes. Além disso, a polícia revelou que os suspeitos envolvidos no caso planejavam criar uma clínica veterinária para facilitar a compra e uso da cetamina.
As investigações confirmaram que Djidja faleceu em decorrência do uso excessivo de cetamina e potenay, substâncias que são de uso veterinário. Também foi confirmada a existência da seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada por Cleusimar e Ademar Cardoso.
Ainda segundo o delegado Cícero Túlio, a seita tinha o objetivo de induzir funcionários da rede de salões de Djidja a fazer o uso das substâncias.
“Houve a fundação de uma seita religiosa para fins criminosos, onde havia o fomento de prática do tráfico de drogas, principalmente, onde os familiares que fundaram essa seita, ofereciam e induziam os funcionários de uma grande rede de salões de beleza a utilizar a substância ketamina e pontenay”.
O titular apontou também, que os envolvidos estavam planejando criar uma clínica veterinária para facilitar a comercialização e consumo das substâncias.
“Eles arquitetavam a criação de uma clínica veterinária para que pudesse adquirir com maior facilidade esse produto. Eles também almejavam a criação de uma comunidade, a partir da compra de um terreno, para fins de criar uma vila, onde as pessoas iriam ali residir e fazer o uso indiscriminado da ketamina e promover os cultos da seita”, explicou o delegado.
Entre os presos e indiciados estão a mãe e irmão de Djidja, Cleusimar e Ademar Cardoso; Verônica Seixas, Marlisson Vasconcelos e Claudiele Santos, funcionários do salão de beleza; Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja; Hatus Silveira; dois funcionários da clínica MaxVet; e José Máximo, dono da clínica.
Entre os crimes que os suspeitos irão responder estão:
- Tráfico de drogas;
- Associação para o tráfico de drogas;
- Falsificação, adulteração ou corrupção de produtos destinados a fins terapêuticos;
- Estupro de vulnerável;
- Sequestro e cárcere privado;
- Tortura;
- Charlatanismo;
- Tortura com resultado morte;
- Exercício ilegal da medicina;
- Favorecimento pessoal;
- entre outros.