O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), por meio da juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, negou o pedido da deputada estadual Joana Darc (UB), de uma ação por danos morais que ela moveu contra uma jornalista de um portal local.
Joana pedia na justiça, o valor de R$ 20 mil por danos morais, contra uma repórter do portal Diário da Capital, que lhe questionou sobra sua participação em uma feira agropecuária, onde a deputada que diz lutar pela causa animal, foi vista curtindo uma vaquejada, sem se importar como estavam tratando o animal.
A repórter Rhyvia Araújo fez a pergunta a deputada, que não gostou de ser questionada pela profissional, e tentou desqualificar seu trabalho e retirou o equipamento da equipe do portal, tentando impedir o trabalho dos jornalistas.
Em sua decisão, a juíza Maria do Perpétuo Socorro da Silva Menezes, afirmou que “não havia indícios de falsas afirmações, tão pouco de caráter difamatório”, como afirmou a deputada, e que a jornalista apenas “se limitou a divulgar matéria jornalística, diante do notório interesse público à informação”.
Entenda o caso
A jornalista do site Diário da Capital, Rhyvia Araújo, teve os equipamentos como microfone e câmera, confiscados pela equipe da deputada Joana Darc, logo após finalizar uma entrevista com a parlamentar. O tema da entrevista diz respeito a uma das bandeiras defendidas pela deputada: proteção dos animais.
Joana Darc demonstrou desconforto com as perguntas, se arrependeu das respostas que deu e solicitou que a reportagem não fosse ao ar, com a justificativa de que o material publicado resultaria em perseguição política e também alegou que afetaria sua gravidez à época.
De acordo com a repórter, o pedido foi atendido mas, mesmo assim, a parlamentar pegou os equipamentos. Nesse momento, o gravador da repórter registrou o confisco dos equipamentos pouco antes de também ser cortado.
O transtorno durou pouco mais de 20 minutos e os equipamentos só foram entregues após a abordagem da parlamentar. Em tom de ameaça, Joana afirmou que jornalistas como Rhyvia não seriam respeitados por políticos do Estado com os tipos de perguntas feitas pela repórter.
“Eu me senti pressionada e coagida. Na minha concepção ela quis me intimidar sim, questionou a minha função, sendo que em nenhum momento eu deturparia a fala dela. Ela quis voltar atrás quando percebeu que o assunto seria inconveniente para ela. E ainda e disse que eu não teria respeito com os políticos se continuasse abordando daquela forma”, descreve Rhyvia.