Moradores da cidade de Carauari no interior do Amazonas, vem questionando o trabalho da polícia e da justiça no município, após um homem ser preso injustamente por um crime que não cometeu, e responder a um processo que está cheio de erros sem qualquer provas do ilícito.
Segundo informações que constam no processo, no dia do fato que ocorreu no mês de fevereiro deste ano, dois supeitos foram vistos perseguindo um homem identificado como sendo “Andrey”, que fora encontrado morto algum tempo depois por moradores da região.
Segundo informações da polícia, que consta nos autos do processo, Ronaldo do Nascimento Lima e Marcelo Diomes Silva, foram presos suspeitos de assassinato, por apenas se parecerem com os homens vistos tempos antes do crime, na região em que o homem foi encontrado morto.
Toda a diligência policial e a prisão de Ronaldo, foram baseadas em ‘fofocas de vizinhos’, que deram informações desencontradas sobre a aparência dos suspeitos e ninguém quis dar um depoimento formal à autoridade policial.
Além de basear a prisão de Ronaldo em fofocas, a polícia foi atrás de conversas desencontradas de pessoas, por meio de redes sociais e em nenhum momento, solicitou o depoimento formal das pessoas envolvidas nas conversas.
Até agora todo o procedimento policial foi completamente fora da normalidade, já que o delegado da cidade, não estava em Carauari no dia do fato, não recolheu provas periciais no dia do crime, e nem a polícia e nem possíveis testemunhas do crime, não conseguiram colocar Ronaldo do Nascimento Lima, na cena do crime.
A polícia só levou em consideração, a fala de um tio da vítima, que disse que Ronaldo estaria na região próximo ao crime, mesmo sendo ele morador do local e conhecido por todos na região e ninguém que viu os suspeitos, apontou Ronaldo como sendo um deles. Esse tio da vítima, mora no sentido oposto ao de Ronaldo, e não teria como identificar ele ou qualquer outra pessoa.
Sem provas periciais, sem qualquer depoimento de testemunhas que colocasse Ronaldo na cena do crime, ou tendo alguma desavença com a vítima, o delegado criou um processo baseado em ‘fofocas e disse-me-disse’ de vizinhos, que acabou induzindo o juiz da Comarca de Carauari ao erro, assinando um pedido de prisão preventiva sem comprovar a culpabilidade de Ronaldo.
Agora a pergunta que não quer calar e continuar a pairar na cabeça do povo de Carauari é a seguinte: Como a polícia segue fofoca de vizinhos e mantém um homem preso, sem provas e sem testemunhas? Como um delegado de polícia que não estava na cidade, não levanta provas periciais e segue a fofoca de pessoas, induzindo um juiz ao erro de mandar prender um inocente?
Enquanto essas perguntas não são respondidas, Ronaldo permanece preso sem poder contar com o convívio diário de parentes e amigos, por um crime que não cometeu.