“O Menezes recebeu o apoio do presidente, não é verdade? O presidente fez três lives pra ele, inclusive, na véspera da eleição. Qual é o candidato que recebe uma benção com a força que o Bolsonaro tem e pra ter 100 mil votos? Quer dizer, não foi lá um desempenho”. A declaração é do empresário e ex-candidato a prefeito de Manaus, Romero Reis, em entrevista exclusiva ao Portal Abutre na última terça-feira (12).
Durante a entrevista, Romero Reis comentou sobre a atual conjuntura política no Amazonas, a trajetória no pleito de 2020 nas eleições para prefeito, e os rumos que o Amazonas e Brasil podem tomar nas próximas eleições. Questionado sobre a postura de candidatos que já estão fazendo campanha antecipada para as eleições de 2022, em plena pandemia, surgiu o nome do potencial candidato ao Senado, o coronel Alfredo Menezes.
Assim como nas eleições para prefeito em 2020, almejando uma vaga no Senado, Menezes tem apostado novamente na popularidade do presidente Jair Bolsonaro, no Amazonas, estado em que ele venceu com mais de 50% dos votos da população. Porém, a aposta de Menezes não tem surtido o efeito esperado, como o próprio Romero Reis enfatizou. Nas eleições para prefeito, Menezes foi o único candidato a receber total apoio de Bolsonaro, mas não passou do 5º lugar, com 110.805 votos, não conseguiu ir para o segundo turno.
Segundo Romero Reis, a candidatura de Menezes nas eleições para prefeito foi algo “terrível”, já que ele desrespeitou até mesmo o prazo de desincompatibilização eleitoral, que é o afastamento obrigatório de cargos públicos, medida que garante a elegibilidade do candidato e assegura a igualdade entre todos os outros candidatos na disputa.
Para Romero, o coronel Menezes não pensou nos interesses da coletividade, mas somente na sua autopromoção. “Já tinha passado o prazo de desincompatibilização quando o Menezes saiu da Suframa e resolveu ser candidato, isso foi terrível”, disse Romero. “O que as pessoas precisam entender é que o poder ele precisa ser utilizado em benefício da coletividade”, completou o empresário.
“Nós tínhamos uma combinação de nos unirmos, afinal, nós tínhamos os mesmos propósitos de direita, o próprio presidente da República, o presidente Jair Bolsonaro tinha olhado pra gente com carinho nesse aspecto, e se a gente tivesse se unido no pleito passado certamente nós não estaríamos com a maneira que é dirigida e continua sendo dirigida a prefeitura e o estado, poderiam ter ocorrido mudanças”, continuou explicando. Nas eleições que estão por vim Menezes já começou a fazer lambança e continua dividindo a direita no Amazonas com essa postura de ” Capaixão do Presidente ” em outras palavras, “puxa saco número”, isso não é bom para o mundo político nem para o grupo que se sente desprestígioado pela sede de poder do Coronel.
Romero afirmou ainda que, ao invés de pensar na coletividade e bem comum, o que acontece no Brasil é que praticamente a grande maioria que ocupou cargos públicos, quer seja no legislativo, quer seja no executivo, se enriqueceram e desviaram dinheiro público, e esse dinheiro faz falta pra suprir as necessidades básicas, especialmente das pessoas de baixa renda.
“Quando a gente elege pessoas que estão no poder político só pra poder se enriquecer, essa desgraça volta para as pessoas necessitadas, e o que a gente precisa fazer agora? Escolher bem. Graças a Deus o Brasil é um país democrático e o poder é conquistado pelo voto, mas use bem o seu voto, procure ter consciência, só assim a gente vai conseguir transformar a sociedade”, finalizou Romero.