
Após repercussão da história que veio à tona das acusações feitas pelo advogado Charles Garcia, de que a advogada Adriana Magalhães estaria extorquindo ele e sua família, Adriane enviou para o Portal Abutre da Notícia, uma nota contando sua versão com exclusividade.
A advogada Adriane Magalhães contou para o Portal Abutre, que o colega Charles Garcia tenta a todo custo, distorcer as acusações feitas pela sua ex-secretária Marcela Nascimento, que acusa o advogado de estupro.
Segundo Adriane, além do testemunho de Marcela, ela possuí outras vítimas de Charles, que em breve serão reveladas, já que todo esse processo corre na justiça.
Ainda segundo Adriane, a alegação de extorsão ocorreu por parte de Charles Garcia, após a advogada acompanhar a vítima Marcela Nascimento, até a Delegacia Especializada em Crimes Contra à Mulher (DECCM), onde o caso foi registrado.
“Ao tomar conhecimento do relato da vítima, meu dever profissional e humano foi agir com empatia e diligência. (…) A alegação de extorsão apresentada dias depois, em 14/04, configura uma nítida tentativa de intimidação, típica de quem busca inverter os papéis, tratando a vítima como culpada e tentando calar sua voz. Questiono: se a suposta extorsão realmente ocorreu, por que Charles e sua esposa não a denunciaram imediatamente? Por que só após dez dias da vítima prestar depoimento na delegacia e o caso ganhar visibilidade?”, questionou Adriane Magalhães.
Para concluir, a advogada informou que um homem identificado como ‘Sr. Lúcio’, advogado a mando de Charles, procurou a vítima e Adriane para propor o pagamento de R$ 50 mil reais, para supostamente “resolver questões trabalhistas”.
Ouçam o áudio da conversa, que obtivemos com exclusividade:
Leia na íntegra a nota da advogada:
Nota de Direito de Resposta – Adriane Magalhães, Advogada – OAB/AM 5373
Na condição de advogada da vítima de estupro Marcela, venho a público esclarecer informações distorcidas e ataques levianos promovidos pelo Dr. Charles Garcia, que tenta desviar o foco da gravidade dos fatos por meio de estratégias que visam apenas descredibilizar a vítima e enfraquecer a busca por justiça.
Desde 2001, conheço Charles Garcia no âmbito acadêmico e social assim como Juliana que inclusive almoçávamos semanalmente com outras colegas advogadas. A proximidade entre nossas famílias nunca impediu que eu agisse com ética, responsabilidade e firmeza diante de qualquer denúncia grave, especialmente quando se trata de um crime sexual.
Ao tomar conhecimento do relato da vítima, meu dever profissional e humano foi agir com empatia e diligência. Procurei a esposa de Charles, Juliana, uma mulher pela qual sempre nutri amizade, respeito e admiração, inclusive por sua trajetória de superação pessoal. Em nenhum momento foi solicitada qualquer quantia a ela ou a Charles. Minha postura sempre foi pautada pela transparência e pela legalidade.
Diferente do que tenta se fazer crer, foi o advogado do próprio Charles, Sr. Lúcio, quem procurou minha cliente e a mim na qualidade de patrona após o registro do boletim de ocorrência, propondo o pagamento de R$ 50 mil, supostamente para “resolver questões trabalhistas”. Reafirmo que jamais houve qualquer proposta de acordo no âmbito criminal. O crime de estupro é de ação penal pública incondicionada, e não comporta tratativas extrajudiciais.
A alegação de extorsão apresentada dias depois, em 14/04, configura uma nítida tentativa de intimidação, típica de quem busca inverter os papéis, tratando a vítima como culpada e tentando calar sua voz. Questiono: se a suposta extorsão realmente ocorreu, por que Charles e sua esposa não a denunciaram imediatamente? Por que só após dez dias da vítima prestar depoimento na delegacia e o caso ganhar visibilidade?
Esse tipo de manobra, infelizmente comum em casos de violência sexual, tenta transformar o agressor em vítima e deslegitimar o discurso da mulher que denuncia. Não aceitaremos esse tipo de narrativa, nem permitiremos que estratégias midiáticas obscureçam a realidade dos fatos.
As provas que confirmam a versão da vítima estão sendo devidamente apresentadas às autoridades competentes. Estamos convictos de que a verdade prevalecerá e que o sistema de justiça saberá distinguir os fatos das tentativas de manipulação.
Reafirmo meu compromisso com a legalidade, com a ética e, acima de tudo, com a luta pelo respeito à dignidade das mulheres. Seguiremos firmes na defesa da vítima e de todas aquelas que têm coragem de romper o silêncio.
Adriane Magalhães
Advogada – OAB/AM 5373
Denúncia de estupro feita pela secretária
A ex-secretária Marcela Nascimento, acusa o advogado Francisco Charles Cunha Garcia Junior, de estupro e assédio ocorrido dentro de seu escritório jurídico em Manaus.
A vítima contou em depoimento que trabalhou por oito meses como secretária no escritório jurídico do suspeito, e vivenciou momentos de assédio sexual por parte do advogado.
A primeira vez ocorreu em fevereiro de 2024, quando segundo ela, foi chamada por Charles na sala dele para entregar uma pasta, onde segundo a vítima, o suspeito tentou estuprá-la.
“Ele estava nu. O rosto dele tinha um pozinho branco, o nariz tinha um pozinho branco. Ele puxou pelo meu braço, me levou até a mesa dele. Ele estava vendo aqueles vídeos pornográficos e ele disse assim: ‘não chora, não fica nervosa’. Ele tentou me beijar várias vezes”, disse.
Ainda segundo a vítima, o advogado aproveita o momento que a esposa, também advogada, viajava para São Paulo onde travava um câncer.
Na segunda tentativa, o advogado teria solicitado que Marcela levasse um suco para ele e ao entrar na sala, foi puxada com força e o suspeito a obrigou a praticar sexo oral nele.
“Ele puxou meu braço de novo, me machucou e estava nu. Ele disse pra eu me ajoelhar e disse: ‘faz igual a minha esposa’. Ele queria que eu fizesse o sexo oral nele. Ele empurrava minha cabeça várias vezes. Todas as vezes eu subi ele me machucava. Ele pegava meu celular porque eu não podia gravar nada, não podia me defender”, concluiu ela aos prantos.
Marcela ficou bastante abalada e chegou a pensar em suicídio antes de procurar ajuda. Ela é mãe solo e precisa trabalhar para sustentar seu filho que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), e precisa de cuidados especiais.
O caso foi registrado e segue sendo acompanhado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra à Mulher (DECCM), no Parque Dez de Janeiro, zona Centro-sul de Manaus.


