A ex-mulher do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Andrea Barbosa, usou as redes sociais para relembrar a pandemia de Covid-19 e citar a situação de Manaus quando ocorreu o colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio em janeiro de 2021.

Segundo Andrea, ela esteve em Manaus quando na época, Pazuello estava à frente da pasta e sua vinda para a cidade junto ao marido foi após uma descoberta de uma traição em que ela tentava salvar o casamento.

“Eu simplesmente estava Manaus, a contragosto, mas estava. Naquele momento eu ainda acreditava na salvação de um casamento e topei o desafio. Eu estava lá quando Manaus foi feita de laboratório pra testar imunidade de rabanho (isso mesmo, aquela mesma que se testa em gados), quando a cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz, era prescrita até para grávidas em estado febril pelo aplicativo TratCov. Eu estava lá quando milhares de caixões eram enterrados em valas porque no cemitério já não tinha espaço e o presidente dizia que não era coveiro e, portanto, não tinha nada com isso”, afirmou.

Atualmente, apoiadora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Andrea disse que “nunca” vai perdoar o governo Bolsonaro e “quem compactou com ele”.Após a publicação, Andrea restringiu o público do seu instagram para perfil privado.

Na época durante a CPI da Pandemia Andréa enviou um e-mail esboçando uma série de questões sobre as quais disse que poderia ser útil às investigações do Senado. Ela teria garantido que iria expor atos que tinham Pazuello como protagonista na crise da saúde no estado, porém, não chegou a depor.Inocentado pela Justiça.

Em maio do ano passado, a Justiça Federal do Amazonas inocentou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, pela crise de oxigênio em Manaus em janeiro de 2021, provocada pela pandemia de covid-19.A denúncia havia sido oferecida pelo Ministério Público Federal, mas a Justiça amazonense julgou a acusação como improcedente. Além de Campelo e Pazuello, Mayra Pinheiro, ex-secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, e o sucesso dela, Helio Angotti, também foram absolvidos.

Na denúncia, o MPF argumentava que os quatro citados se omitiram e atrasaras ações da Secretaria de Saúde do Amazonas, além de não terem supervisionado o fornecimento de oxigênio aos hospitais da região. Eles também foram acuados de atrasar a transferência de pacientes que esperavam leitos, por não terem cumprido o isolamento social e por terem incentivado o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid – o chamado “tratamento precoce”.

Segundo decisão do Tribunal Regional da 1ª Região, para que Mayra, Pazuello, Campelo e Angotti fossem considerados culpados, deveria ficar provado que os comportamentos deles foram motivados por interesses próprios.

A decisão tem como base a nova Lei de Improbidade Administrativa, vigente desde outubro de 2021, quando foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

A lei diz que, para que agentes públicos sejam responsabilidade, é necessário comprovar dolo, isto é intensão de cometer o crime. A nova legislação considera que possíveis danos, quando cometidos por imprudência ou negligência, não se enquadram na Improbidade Administrativa.

*Redação Mix de Notícias