“Escândalo em Caapiranga: ex-prefeito é acusado de sumiço de materiais e condenado a devolver R$ 1,3 milhão”

Por: Redação

Caapiranga- O município de Caapiranga (AM), distante 147 km de Manaus, voltou ao centro das atenções após mais uma condenação contra o ex-prefeito Francisco Andrade Braz, conhecido como Tico Braz. O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) responsabilizou o ex-gestor por irregularidades milionárias e determinou a devolução de R$ 1.395.723,37 aos cofres públicos.

A decisão, registrada no Acórdão nº 1307/2025, marca um duro golpe na já fragilizada carreira política de Tico Braz, que também cumpre condenação de inelegibilidade por 8 anos imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
O rombo nos cofres públicos

Segundo o relatório técnico do TCE-AM, a Prefeitura de Caapiranga adquiriu materiais de construção em 2019 sem qualquer comprovação de sua utilização. O relator do caso, auditor Luiz Henrique Pereira Mendes, foi categórico: houve dano ao erário e desrespeito aos princípios da transparência e da legalidade.

O tribunal, acompanhado do parecer do Ministério Público de Contas, determinou que o ex-prefeito devolva a quantia milionária em até 30 dias diretamente à Prefeitura de Caapiranga. Caso contrário, a dívida poderá ser executada judicialmente.

Histórico de irregularidades

Esta não é a primeira vez que Tico Braz tem sua gestão marcada por escândalos. Durante seu mandato, a população de Caapiranga enfrentou falta de investimentos em áreas básicas como saúde, infraestrutura e educação, enquanto denúncias de má gestão e corrupção se acumulavam.

Em 2023, o TRE-AM já havia decretado a inelegibilidade por 8 anos, inviabilizando qualquer tentativa de reeleição. Agora, com a condenação do TCE-AM, o ex-prefeito soma mais um capítulo à sua extensa lista de processos e dívidas públicas.

Impacto político e social

A condenação gera reflexos diretos na política local. Aliados de Tico Braz, que ainda tentavam manter seu nome como liderança influente nos bastidores, agora enfrentam dificuldades em sustentar qualquer discurso de renovação ou retorno ao poder.

Enquanto isso, os moradores de Caapiranga vivem a realidade de uma gestão marcada por escândalos. A expectativa da população é que o valor cobrado pelo TCE-AM seja de fato devolvido e reaplicado em áreas essenciais do município.

Condenado a devolver R$ 1.395.723,37 em até 30 dias; as contas de 2019 julgaras irregulares dão o tom da gestão desastrada do ex- Prefeito que tem fama de ostentar na cidade e na Capital o pagamento deve ser feito à prefeitura de Caapiranga, com comprovação do TCE-AM. Com execução judicial em caso de descumprimento; a confirmação passa para o MPAM que condena o parecer.

O caso de Tico Braz simboliza um problema recorrente no Amazonas: gestões marcadas por má administração, condenações e rombos milionários que raramente são revertidos em benefício da população.

Veja a decisão: