
A primeira-dama e secretária municipal de saúde de Iranduba, Luana Ferraz, gastou mais de R$ 2 milhões na compra de gêneros alimentícios para o Hospital Regional Hilda Freire, com o gasto de mais de R$ 300 mil reais na compra de achocolatado e arroz.
Enquanto a saúde de Iranduba está em frangalhos, com Unidades Básicas sem condições de atender a população, com a falta de medicamentos e sem um raio-x funcionando, Luana Ferraz e o prefeito Augusto Ferraz (UB), preferem gastar com a compra de gêneros alimentícios, sob suspeita de irregularidades.
A empresa beneficiada com o “super contrato” é a M. J. P. RODRIGUES LTDA, que segundo o documento da licitação, foram comprados mais de 12 mil pacotes de achocolatado, ao custo médio deR$ 117 mil, além de 14.400 quilos de arroz, orçados em R$ 145 mil.

A população afirma que a secretária de saúde, que também é primeira-dama do município, teria humilhado pacientes ao minimizar a gravidade da situação e ignorar as denúncias de falta de estrutura. Moradores relatam que, mesmo diante do caos, a gestão não apresentou solução imediata e agiu como se o problema fosse algo comum, reforçando o sentimento de abandono.
O episódio expõe mais uma falha grave na saúde de Iranduba, que recebe milhões em recursos, mas não entrega atendimento adequado. A UBS, que deveria garantir consultas, medicamentos e assistência básica, permanece sem remédio, sem médicos suficientes e com filas de espera cada vez maiores. O alagamento se soma a um histórico de denúncias sobre infraestrutura precária e obras mal executadas.
Especialistas em gestão pública ouvidos pela reportagem afirmam que falhas de drenagem e alagamentos internos em unidades de saúde são indicativos de erro de execução, falta de fiscalização técnica e possível negligência com recursos públicos. A situação levanta questionamentos sobre como o dinheiro destinado à saúde está sendo aplicado e por que serviços essenciais continuam abandonados.
A denúncia agora deve chamar atenção do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público do Amazonas, que podem investigar a execução da obra, a responsabilidade pela tubulação mal instalada e a conduta da gestão diante do colapso dentro da unidade. Enquanto isso, os moradores seguem sem respostas, enfrentando a precariedade e a sensação de que a saúde pública em Iranduba foi deixada à própria sorte.


