
Em meio a greve dos professores da rede municipal de ensino, investigações sobre gastos com o ‘Programa Asfalta Manaus’ e a não apresentação de justificativas sobre os gastos milionários com o Festival Sou Manaus Passo a Paço, o prefeito David Almeida (Avante) por meio da Fundação Municipal de Cultura e Artes (Manauscult), vai gastar mais de R$ 4 milhões com aluguel de som.
De acordo com o Diário Oficial do Município (DOM), David e o diretor-presidente da Manauscult Jender Lobato, irmão do vereador Jander Lobato (PSD), assinaram uma renovação de contrato com a empresa BARRA SOM SISTEMAS DE ÁUDIO LTDA-EPP, no valor de R$ 4.623.270,00 (quatro milhões, seiscentos e vinte e três mil, duzentos e setenta reais), para o aluguel de aparelhagem de som para festa, por apenas seis meses.

Greve e pressão dos servidores da educação
A Câmara Municipal de Manaus (CMM), aprovou nesta última segunda-feira (17/11), com 28 votos a favor, o Projeto de Lei Complementar (PLC), nº 008/2025, de autoria do prefeito David Almeida (Avante), que modifica a idade mínima para aposentadoria de servidores públicos municipais.
Apelidado de “PL da Morte” pelos profissionais da educação, o PLC prevê a idae mínima e o tempo de contribuição para a aposentadoria, além de outras adequações às regras gerais da Previdência.
Foram 28 votos a favor, 10 contra e 3 ausências.
Os vereadores Rodrigo Guedes, Ivo Neto, Eurico Tavares, Amaury Júnior, José Ricardo, Raiff Matos, Thaisa Lippy, Coronel Rossis, Sargento Salazar e Capitão Carpê votaram contra o PLC.
Os ausentes foram Yomara Lins, Dione Carvalho e Rosinaldo Bual, que está preso. Os demais vereadores votaram a favor da proposta que vai pra sanção do prefeito.
O PLC foi aprovado em primeito turno no dia 5 deste mês, também sob o protesto dos servidores municipais e com a cobrança do uso do painel eletrônico. Nos dois turnos, a votação ocorreu de forma simbólica com mãos levantadas para sinalizar voto contrário.
A reforma aumenta a idade mínima para aposentadoria. Para os homens, passa de 60 para 65 anos. No caso das mulheres, de 55 para 62 anos. O tempo mínimo de contribuição sobe para 25 anos para ambos os sexos, com 10 anos de serviço público e 5 no cargo atual. Para professores, a idade mínima sobe para 60 anos (homens) e 57 (mulheres). Cerca de 35 mil servidores serão afetados.
Em um ato simbólico, professores de Manaus se deitaram no chão em frente à sede da prefeitura da cidade, representando a “morte” da carreira docente. A manifestação é um protesto contra a aprovação do PL da Reforma da Previdência, que aumenta o tempo de serviço necessário para os professores se aposentarem e reduz o salário no final da carreira.
Os professores denunciam a sobrecarga de trabalho diário e o estresse crônico que afeta a saúde mental de muitos servidores. “É um projeto que mata a carreira dos professores”, afirma um dos manifestantes. “Estamos lutando pela nossa aposentadoria digna e pela valorização do nosso trabalho”.
A categoria afirma que o projeto é injusto e desconsidera as condições de trabalho dos professores, que enfrentam salas de aula superlotadas e falta de recursos. A manifestação é um apelo ao governo para que reconsidere a aprovação do projeto e priorize a valorização dos profissionais da educação.


