Dona do Supermercado Vitória, pivô do caso da m0rt3 do sargento Lucas Guimarães, não vai a julgamento

Pivô do crime passional envolvendo a morte do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, em setembro de 2021, a empresária Jordana Azevedo Freire, dona do Supermercado Vitória, que respondia em liberdade pelo crime de homicídio, vai escapar do julgamento após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), rejeitar a denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), contra ela.

Em nota, assessoria do Tribunal informou a denúncia foi rejeitada “em função de não restar demonstrado, na Denúncia – com base nos elementos até então anexados ao Inquérito Policial, avaliados de forma perfunctória – elementos de concatenação de indícios e de verossimilhança e relação de causalidade entre a conduta da denunciada e o homicídio, não atendendo assim, aos requisitos estampados no art. 395, III, do Código de Processo Penal”.

A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus iniciou nesta quinta-feira (7) a audiência de instrução na Ação Penal, que trata do homicídio que vitimou o sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães e tem como réus seis pessoas envolvidas direta e indiretamente na morte do militar, em setembro de 2021, em uma cafeteria de propriedade da vítima, localizada no bairro Praça 14 de Janeiro.

Os seis acusados pelo crime estão: Silas Ferreira da Silva, Joabson Agostinho Gomes, Romário Vinente Bentes, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos, Kayandra Pereira Castro e Kamylly Tavares da Silva.

O empresário Joabson Agostinho Gomes, dono do Supermercado Vitória, é apontado na denúncia como mandante da morte de Lucas, após ele descobrir uma relação extraconjulgal do militar com sua esposa, Jordana.

Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson e Jordana, foi o responsável por contratar o executor de Lucas. Silas Ferreira da Silva, é o suspeito de matar o sargento a tiros.

Kamylla Tavares da Silva e Kayandra Pereira de Castro, que encontra-se foragida, teriam intermediado as conversas entre Romário e Silas, suspeito de ser o executor do militar. Kayanne Castro Pinheiro, que também encontra-se foragida, seria a terceira pessoa a ter ajudado no contato com Silas.

Dia do crime

No dia 1ª de setembro de 2021, quando o sargento Lucas Guimarães fechava sua cafeteria no bairro Praça 14, zona Sul de Manaus, um suspeito depois identificado como Silas Ferreira da Silva, entrou no local atirando contra a vítima.

Lucas foi atingido por três tiros na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

As investigações apontam que o sargento tinha um caso com Jordana, casada com o empresário Joabson Agostinho que, ao descobrir a traição, teria mandado matar o sargento.

Antes de serem detidos, no dia 9 de fevereiro, Jordana e Joabson já haviam sido detidos, em setembro, após o crime e permaneceram presos até novembro, quando conseguiram um habeas corpus que revogou a prisão temporária do casal concedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).