
Chegando o final de ano, a Prefeitura de Manaus e a Secretaria Municipal de Educação (Semed), firmaram um novo contrato milionário de mais de R$ 29 milhões de reais, para segundo o prefeito David Almeida (Avante), reformar escolas municipais.
De acordo com o Diário Oficial do Município (DOM), a empresa beneficiada com um contrato milionário foi a ENS SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃO LTDA, que vai receber R$ 29.040.000,00 (vinte e nove milhões e quarenta mil reais), para reformar escolas no município.

Professores protestam contra David Almeida por promessas não cumpridas
O clima de insatisfação entre os professores da rede municipal de ensino de Manaus voltou a crescer. Após cinco anos marcados por desrespeito, promessas não cumpridas e falta de diálogo com a prefeitura, a categoria promete uma grande manifestação nesta quarta-feira, 15 de outubro, Dia do Professor, que este ano será ponto facultativo na capital amazonense. O ato público será realizado na Praça da Polícia, no Centro, a partir das 8h30, e promete reunir centenas de educadores, marcando a data com uma forte cobrança à gestão municipal.
Desde o início da gestão do prefeito David Almeida (Avante), os profissionais da educação afirmam sofrer com o congelamento da data-base, a ausência de reajuste conforme o piso nacional do magistério e o não pagamento das progressões e titularidades previstas em lei. Além disso, denunciam o sucateamento das escolas, a falta de valorização profissional e a insegurança quanto à aposentadoria, ameaçada pelas recentes alterações no Manausprev.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial imediato, o pagamento das progressões atrasadas desde 2020, a reposição das perdas salariais acumuladas, o cumprimento integral do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a melhoria das condições de trabalho e da infraestrutura das escolas. Os professores também cobram a garantia da aposentadoria, a revisão das mudanças no Manausprev, e exigem transparência na utilização dos recursos do Fundeb, apontando que a aplicação dos valores tem sido feita sem clareza e sem participação efetiva da categoria.
Outra série de reclamações recai diretamente sobre a Secretaria Municipal de Educação (Semed). Os educadores denunciam a falta de Hora de Trabalho Pedagógico (HTP) para professores da Educação Infantil, a ausência de salas de recursos e de monitores para o acompanhamento de alunos com deficiência, e o fato de que muitas escolas funcionam em prédios alugados sem estrutura física adequada. Eles também criticam o último concurso público municipal, que, segundo a categoria, não reflete a realidade da demanda nas escolas, oferecendo pouquíssimas vagas diante da carência real de profissionais.
Atualmente, uma das pautas centrais do movimento é a reivindicação pelo arquivamento do Projeto de Lei nº 08/2025, apelidado pelos servidores de “PL da Morte”, por representar, segundo eles, uma ameaça direta aos direitos dos trabalhadores da educação e ao futuro previdenciário da categoria.
Durante a gestão da ex-secretária Dulce Almeida, irmã do prefeito, os professores já denunciavam a falta de avanços em políticas de valorização e o engessamento das negociações com o sindicato. Agora, sob o comando do atual secretário de Educação, Júnior Mar, o cenário de crise se repete, agravado por decisões consideradas arbitrárias e pela falta de abertura ao diálogo com o Asprom-Sindical, entidade que representa a categoria.
De acordo com o sindicato, a prefeitura tem agido com “pura maldade” ao ignorar as pautas da categoria e retirar direitos conquistados. “São cinco anos de desrespeito e promessas vazias. A gestão de David Almeida virou as costas para os professores e para a educação pública. Não queremos favores, queremos apenas o que é de direito”, declarou um representante do movimento.
O ato público desta quarta-feira (15), em pleno Dia do Professor e ponto facultativo em Manaus, será uma paralisação de advertência e deve impactar o funcionamento das escolas municipais e o trânsito da capital, chamando a atenção da sociedade para o cenário de desvalorização da educação na gestão David Almeida.


