O ex todo-poderoso juiz Sérgio Moro já caiu tarde do Ministério da Justiça. Ele e seu agora ex-chefe não são dignos dos cargos que exerceram ou exercem. Moro, como o “Mito”, é um tipo de pessoa muito ambiciosa, egocêntrica e oportunista. Politicamente é um fascista e reacionário, igual aos seus antepassados, parceiros e o ex-chefe.
Não foi só a demissão do chefe da Polícia Federal que fez Moro sair do governo. Esse foi o motivo que achou para justificar sua queda e continuar posando de herói. No embate com Bolsonaro, ele ficou decepcionado ao saber que não tinha mais a garantia de ser indicado ministro do Supremo Tribunal Federal – STF. Isso teria sido a gota d’água.
Morou também teria antecipado sua saída porque já prevê que será derrotado no STF, no processo que ex-presidente Lula move, pedindo a suspeição dele no caso da condenação do petista no processo do Triplex, o que, se confirmado, será a desmoralização total do ex-juiz. Se Moro perder, o processo contra Lula será anulado.
Por outro lado, se as palavras de Jair Bolsonaro, no pronunciamento no dia 24 de abril, forem verdadeiras, Moro terá mais problemas e pode até ser preso com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), a mesma que ele quis usar para calar o ex-presidiário Lula da Silva, do PT.
Conforme as declarações do presidente, Moro teria feito chantagem contra ele para conseguir a indicação para o STF e cometido crimes no comando do Ministério da Justiça (MJ). 
Pelo que se ouviu do capitão, o crime mais brando do ex-juiz teria sido o de omissão, incluindo aí o caso das investigações da morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Moura, no Rio de Janeiro.
Serviço sujo e omissão
Comenta-se nos corredores de Brasília que o agora ex-ministro Sérgio Moro prestou “serviço” para barrar investigações e processos contra os filhos do capitão. O então ministro teria levado a Bolsonaro cópias de inquéritos e processo contra seus filhos. Mas isso ainda carece de provas.
Ao rebater as acusações do seu ex-ministro, pelo menos uma coisa Bolsonaro falou de Moro com razão: a omissão. O ex- ministro da Justiça e Segurança Pública realmente foi omisso sobre muitos crimes ocorridos no Brasil em um ano e três meses do governo bolsonarista.
O ex-ministro, por exemplo, não deu a mínima importância a investigações de ataques de fascistas e neo-nazistas violentos contra pessoas que não concordam com o governo, e quem não lembra do atentado ao presidente que até hoje é um mistério total.
O paranaense também foi muito omisso em relação a crimes ambientais e aos assassinatos em série de indígenas, e de líderes camponeses e de trabalhadores rurais. A maioria desses crimes foi praticada por pistoleiros a mando de fazendeiros, grileiros e garimpeiros.
Mas não se poderia esperar mesmo muito de um ex-juiz que descobriu na chamada Operação Lava Jato, com apoio da mídia familiar (à frente a Globo), um meio de subir na vida usando o cargo público. Para tanto se submeteu a perseguir a quem seus chefes consideravam inimigos ou adversários políticos.
Na sua atuação na Lava Jato, Moro também demonstrou conhecimento mediano na sua área. Sem erudição nenhuma, proferiu sentenças cheias de erros gramaticais e, o pior, sem provas. Tudo para agradar seus “patrões ocultos”.
Em acordos espúrios com seus grupos, Moro perseguiu ilegalmente políticos e partidos de esquerdas, notadamente o PT e seu maior líder, o ex-presidiário “Mó Lula”
Lawfare
Sob o poder da toga, Sérgio Moro vazou informações sigilosas contra seus alvos. Fez caçada insana, ilegal e à base de mentiras e de  depoimentos forçados e muitas ilegalidades segundo juristas de todo país.
Moro teria “forçado” o procurador Deltran Dallagnol a denúnciar o ex-presidente no caso do Triplex do Guarujá, mesmo que um dia antes da apresentação do famoso PowerPoint, Dallagnol tenha reconhecido falta de provas. Porém, para cumprir o que havia combinado com o juiz, apresentou a denúncia.
Esses e vários outros crimes cometidos por Moro, Dallagnol e seus comparsas foram revelados no vazamentos de diálogos do ex-juiz com procuradores e investigadores, publicados pelo The Intercept Brasil, numa série se reportagem que desmoralizaram esses donos da Lava Jato.
Mas a revelação dos crimes dos lavajateiros não deu em nada. Nem Moro, nem Dallagnol e muito menos desembargadores do TRF-4, que acobertaram o juiz e os procuradores, sofreram qualquer punição dos tribunais superiores.
O agora ex-ministro e seus parceiros no Judiciário, no Ministério Público Federal e na mídia submeteram, escandalosamente, Lula e o PT, a um grande Lawfare – o uso indevido dos recursos jurídicos para fins de perseguição política. Fizeram várias mentiras contra o ex-presidente e muitos de seus companheiros parecer verdades.
Num Lawfare, a lei é utilizada como uma espécie de “arma de guerra”, o que permite o uso de um instrumento jurídico com afeição política. Na verdade, são crimes cometidos por agentes da lei e do estado. E foi o que Moro fez contra Lula, dezenas de outros políticos e empresários.
Moro se aproveitou de uma “comoção” que ele e a mídia criaram para impor medo e perseguição, com escutas telefônicas ilegais em celas de presos e em escritórios de advogados; promoveu vazamentos seletivos de informações sigilosas para atacar, pressionar e constranger investigados e alvos da “Lei Moro”.

Agora Moro é desmentido pelo ex-diretor da Polícia Federal em depoimento, o funil e o inferno Astal de Moro só tá começando, ele tá colhendo aquilo que plantou um dia.