O deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT), é acusado de fazer um gesto de apologia à supremacia ariana nesta quarta-feira (23), durante a reunião da CPMI que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro em Brasília.
De acordo com informações, Abílio teria feito o gesto após o deputado Duarte Júnior (PSB-MA), pedir ao presidente da sessão mais tempo de fala, devido as constantes interrupções que Abílio Brunini vem fazendo, para tumultuar os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que ouvia o depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o sargento da reserva Luís Marcos dos Reis.
O presidente da comissão deputado Arthur Maia (UB-BA), desligou o microfone de Brunini e ameaçou de expulsar o parlamentar da CPMI se o mesmo continuasse a interromper os colegas durante suas falas.
Neste momento e com o microfone desligado, Brunini pegou seu telefone e começou a se filmar durante a fala do colega de parlamento, fazendo o gesto com a mão de “zero três”.
O gesto utilizado nos EUA por supremassistas brancos, com os três dedos levantados como um ‘W’ que significa “WHITE” e o polegar junto ao indicador formando um ‘P’ que significa “POWER”, que formam a frase em inglês “white power”, traduzindo como “poder branco”.
Após a repercussão negativa, o deputado bolsonarista afirmou em sua conta no X, que apenas ironizou o colega no momento em que ele pediu mais um minuto de fala pelas interrupções, dizendo para que o presidente desse “mais três minutos”.
Usando seu tempo de fala, Brunini se disse perseguido e foi mal interpretado ao fazer o vídeo com fazendo com a mão “zero e três”, culpando a imprensa de querer fazer cortina de fumaça sobre o tema.
“A esquerda está pautando a imprensa para fazer cortina de fumaça”, disse o deputado Brunini.