Aterro sanitário de Iranduba vira alvo de sabotagem política e interesses eleitorais

Empresários e políticos locais articulam campanha para enfraquecer projeto que promete modernizar a gestão de resíduos no município

Por: Redação Portal Abutre

Iranduba- O projeto do Aterro Sanitário de Iranduba, que promete transformar o sistema de gestão de lixo e acabar com o uso de lixões a céu aberto, enfrenta forte resistência de empresários e políticos locais. Fontes ouvidas pelo Portal Abutre revelam que há uma campanha orquestrada para desmoralizar a iniciativa, movida por interesses eleitorais e econômicos.

Um projeto sustentável e moderno

O Aterro Sanitário foi planejado dentro das normas ambientais exigidas por órgãos fiscalizadores e representa um salto na gestão pública de resíduos. O projeto prevê tratamento do chorume, reaproveitamento de gases, reciclagem de materiais e controle rigoroso da contaminação ambiental, além de gerar empregos diretos e indiretos para moradores da região.

Técnicos consultados afirmam que o aterro é totalmente viável e que sua implantação poderia colocar Iranduba entre os municípios mais avançados da região Norte em gestão de resíduos sólidos.

“O Aterro Sanitário é um projeto moderno, limpo e sustentável. Ele elimina o problema dos lixões e ainda pode gerar oportunidades econômicas locais”, explicou um engenheiro ambiental ouvido pela reportagem.

Sabotagem e desinformação

Apesar dos benefícios, o projeto virou alvo de uma verdadeira guerra de bastidores. De acordo com fontes ligadas ao governo municipal, empresários e políticos estariam espalhando informações falsas e tentando passar uma imagem negativa do empreendimento com o objetivo de barrar o avanço da obra.

“Eles trabalham para desgastar o projeto e dizem abertamente que vão perder dinheiro se o aterro sair do papel”, contou uma fonte próxima à administração municipal.

Segundo as apurações, a resistência estaria relacionada ao loteamento de terras e plano político e à perda de influência sobre contratos de transporte e destinação de lixo, setores que movimentam valores expressivos em contratos públicos e licitações emergenciais.

“Há grupos que tratam o lixo como negócio. O medo deles é que um projeto moderno acabe com o velho esquema”, afirmou outro servidor ouvido sob condição de anonimato.

O poder por trás do lixo

Em Iranduba, o setor de limpeza pública tem sido historicamente controlado por poucos grupos empresariais, alguns deles com ligações políticas. O avanço do Aterro Sanitário colocaria em risco contratos antigos e práticas questionáveis que sobrevivem à sombra da falta de transparência.

Para fontes do setor ambiental, a sabotagem ao projeto é um reflexo da disputa pelo controle econômico de um serviço essencial. “O lixo sempre foi fonte de lucro fácil para quem está no poder. O Aterro Sanitário representa o fim desse ciclo”, destacou um ambientalista.

População e ambientalistas cobram avanço

Enquanto o jogo político se intensifica, a população e entidades ambientais defendem o prosseguimento do projeto. Para muitos, o aterro é uma oportunidade histórica de resolver de forma técnica e responsável um problema que há décadas afeta o município.

Vídeo: Veja como é hoje

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Vídeo: veja como vai ficar

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“Chega de improviso. Iranduba precisa sair do atraso. O Aterro Sanitário é a única solução concreta e transparente”, afirmou o representante de uma ONG ambiental que acompanha o caso.

Futuro em disputa

O destino do Aterro Sanitário agora depende de decisões administrativas e políticas. Se aprovado, o projeto pode transformar Iranduba em referência na Amazônia em gestão de resíduos.
Mas, se a sabotagem prosperar, o município pode continuar refém de contratos obscuros, lixões ilegais e interesses eleitorais que atrasam o desenvolvimento e comprometem o meio ambiente.