
O cerco contra bolsonaristas que insistem em tentar articular novos atos contra o resultado das eleições de 2022 tem se fechado por todos os lados. Enquanto um interventor nomeado pelo governo Lula tem organizado um esquema robusto de segurança, os órgãos do Judiciário e do Executivo estão atentos a articulações nas redes sociais e em canais de bate-papo, como o Telegram.
Logo depois dos atos de vandalismo que deixaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) com suas estruturas físicas destruídas, no último domingo (8/1), um grupo começou a organizar, via Telegram, o que ficou denominado de “Mega Manifestação Nacional pela retomada do poder”.
A Advocacia-Geral da União (AGU) atuou justamente no espaço em que os bolsonaristas têm mais capilaridade: as redes sociais. Em monitoramento, o órgão percebeu a movimentação no sentido de novas investidas e teve tempo para agir.
A AGU tomou conhecimento das convocações golpistas para a capital do país e, então, acionou o STF, dentro da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 519, que analisa crimes em ato antidemocráticos nos quais caminhoneiros fecharam rodovias por todo o país, insatisfeitos com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de outubro de 2022.
Omissão
A tentativa agora é de identificar os mandantes desses atos agressivos e sem qualquer reivindicação clara.Ao declarar o afastamento do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), por 90 dias, a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres e do ex-comandante da PMDF coronel Fábio Augusto Vieira, Moraes considerou que eles foram omissos em diversas questões. Entre elas, no monitoramento e na avaliação das mensagens na internet.


