O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu nesta quinta-feira (27), rejeitar a denúncia dos envolvidos na morte do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, que ocorreu em 2021 em seu café na Praça 14, zona Sul de Manaus. Dos envolvidos, apenas Silas Ferreira da Silva, acusado de executar a vítima, teve sua prisão preventiva mantida.
O juiz Fábio Lopes Alfaia, decidiu impronunciar e encerrar a primeira fase do processo do Tribunal do Júri, e revogou as medidas cautelares e assesulatórias dos envolvidos Joabson Agostinho Gomes, dono da rede de supermercados Vitória, e Romário Vinente Bentes, gerente de uma das unidades, além de Kamylla Tavares da Silva, Kayandra Pereira Castro e Kayanne Castro Pinheiro dos Santos.
Com a impronúncia, os réus não irão a júri popular como pedia o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), e o promotor de justiça Márcio Pereira de Mello, da 105ª Promotoria de Justiça de Manaus, deve recorrer da decisão.
Para o promotor Márcio Pereira de Mello, Joabson, como mandante do crime de homicídio, e os demais devem ir a Júri Popular. “O executor do crime, o réu Silas Ferreira da Silva, foi submetido a interrogatório policial, na presença de dois delegados da Polícia Civil, e confessou a prática do delito, narrando detalhes da empreitada criminosa. Ele informou, ainda, que sua contratação se deu por intermédio de um possível funcionário do supermercado Vitória, pessoa que também lhe entregou um celular mais tarde utilizado para manter contato sobre o crime”, argumentou.
Em 2023, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou o juiz Fábio Lopes Alfaia, por uma decisão considerada irregular.
O caso
O crime ocorreu em setembro de 2021, em uma cafeteria de propriedade do sargento do Exército Lucas Ramon Guimarães, localizada no bairro Praça 14. Imagens das câmeras de segurança mostraram o momento em que um homem entrou no estabelecimento e executou o militar, fugindo em seguida em uma motocicleta.
De acordo com a denúncia do MP, a motivação do crime seria um relacionamento extraconjugal entre o sargento (que era casado) e a mulher de um dos acusados, o empresário Joabson Agostinho Gomes.