A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar os danos ambientais causados pela empresa Braskem em Maceió, estado de Alagoas, que causou danos estruturais em diversos bairros da capital alagoana, deve iniciar esta próxima semana.
A CPI da Braskem tem como presidente o senador Omar Aziz (PSD-AM), e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) como vice, tem por objetivo investigar os danos ambientais causados pela exploração de sal-gema pela empresa Braskem, que ocasionou danos estruturais permanentes, em diversos bairros de Maceió.
Foram identificadas pelo menos 35 cavernas pela mineradora Braskem, que informou que segue monitorando a região para acompanhar a evolução de sua estabilização.
A Braskem explica que elas estão sendo fechadas com a técnica mais apropriada para cada uma (com cimento, areia ou rochas) e que o plano de estabilização e monitoramento é aprovado junto à Agência Nacional de Mineração (ANM). É esse processo de preenchimento que deve fazer com que o solo pare de afundar.
O que é o sal-gema?
É um tipo de cloreto de sódio utilizado na fabricação de soda cáustica e PVC. Segundo o relatório do Serviço Geológico do Brasil (CRPM), a exploração de sal-gema, feita de forma inadequada, desestabilizou as cavernas subterrâneas que já existiam nos bairros, causando o afundamento do solo e, consequentemente, as rachaduras.
CPI da Braskem
A CPI atende a requerimento (RQS 952/2023) apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), assinado por 46 senadores e lido em Plenário no dia 24 de outubro. Com 11 titulares, o colegiado terá 120 dias para concluir seus trabalhos e disporá de um orçamento de R$ 120 mil reais.