A nova presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheira Yara Lins, foi à Brasília acompanhada pelo conselheiro Josué Neto, seu filho deputado federal Fausto Júnior, se reuniram com a senadora Soraya Thronicke e com o Ministro da Justiça Flávio Dino, para relatar sobre violência política e de gênero sofrida por ela no dia da eleição no órgão.
Yara Lins acusa o conselheiro Ari Jorge Moutinho Júnior de proferir palavras de baixo calão contra ela, no dia 3 de outubro, além de ameaça-la por não se contentar com a derrota que havia sofrido. Segundo Yara, Ari teria tratado a colega como “safada” e “cachorra”, “vadia”, “puta”, etc. e tal.
Na ocasião, Soraya Thronicke levou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, as denúncias da presidente eleita do TCE, Yara Lins, contra o conselheiro Ari Moutinho.
Durante o encontro, Yara não deixou de enfatizar sobre como a participação das mulheres em espaços de poder e na política, o que é fundamental para uma sociedade democrática e igualitária.
A conselheira também falou sobre os obstáculos e discriminação da violência política de gênero no Brasil.
Recentemente, o ministro Dino falou justamente sobre a existência de uma epidemia de violência política de gênero no Brasil. Segundo Dino, a Polícia Federal (PF) deve investigar esse caso.
“Infelizmente, são dezenas de casos que chegaram ao Ministério da Justiça desde janeiro e foram transformados em inquérito policial que já tramitam na Polícia Federal. Muito recentemente houve mensagens padronizadas ameaçando parlamentares de ‘estupro corretivo’, e isso foi usado em centenas de mensagens. Isso configura uma série de crimes, e é por isso que a PF está investigando e agora teremos a agregação dessa nova situação”, disse o ministro.
Yara Lins sublinhou a necessidade de ações concretas, como a implementação de políticas de igualdade de gênero, campanhas de conscientização e a criação de ambientes políticos mais inclusivos.