Com diversas investigações em curso no MPAM e na Polícia Federal, Raylan Alencar pode receber a visita do Gaeco a qualquer momento em Eirunepé

O prefeito de Eirunepé Raylan Barroso de Alencar, deve ser o próximo político a receber uma visita do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Raylan é investigado em diversos processos no Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), que apontam irregularidades do prefeito em sua gestão à frente da prefeitura de Eirunepé.

Raylan foi alvo da “Operação Cama de Gato”, da Polícia Federal, que investiga um grupo criminoso chefiado pelo prefeito, que segundo informações, atua praticando crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no município.

Investigações da Polícia Federal apontam que a organização comandada pelo prefeito de Eirunepé, conseguiu dar um prejuízo aos cofres do município no valor R$ 10 milhões em contratações fraudadas no período da pandemia de Covid-19.

De acordo com a PF, as contratações eram realizadas por meio de dispensa de licitação. Em apenas um dos contratos, foi verificado que a prefeitura de Eirunepé pagou por 150 mil máscaras de proteção mais do que o dobro do valor cobrado em todo o estado do Amazonas. Além disso o quantitativo adquirido equivale a cinco vezes o contingente populacional da cidade.

Tribunal de Contas do Amazonas

Em janeiro deste ano, Raylan Barroso foi condenado pelo Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) a pagar R$ 13,6 mil em multa à Corte por ter contratado, em plena situação de emergência no município, no ano de 2019, a dupla Bruno e Marrone para a comemoração de 125 anos de Eirunepé.

Em 2022, o mesmo tribunal decidiu, por unanimidade, bloquear, provisoriamente, as contas do prefeito por desobediência a uma recomendação feita em setembro passado. O conselheiro Luís Fabian recomendou que Raylan não contratasse os shows nacionais de Barões da Pisadinha, Joelma e Eder e Ederson por R$ 740 mil, sem licitação.

O prefeito não só contratou, como realizou o show e pagou os artistas, desobedecendo uma decisão da justiça.