Mais uma vez o presidente Jair Messias Bolsonaro teve seus vídeos removido da plataforma do YouTube.
O vídeo foi excluido nesta segunda-feira (25) onde Bolsonaro alegava falsamente que vacinas contra a covid-19 podem causar HIV.
Ainda segundo informações o YouTube aonda deu uma punição em Bolsonaro e suspendeu o canal por uma semana.
A todo custo tentando provar sua tese, Bolsonaro até usou uma reportagem da revista Veja de título ‘Algumas vacinas contra a covid-19 podem aumentar o risco contra HIV’.
O texto cita um texto assinado por um grupo de cientistas e publicado na revista Lancet. A publicação, apenas uma teoria, diz que pode aumentar a possibilidade de pessoas expostas ao HIV (precisa, necessariamente ter sido exposta à infecção) contraírem o vírus, não que a vacina contamina os imunizados com a infecção.
O que não seria verdade, segundo o grupo de cientistas, a teoria serve apenas para o composto Ad5, utilizado apenas na segunda dose da vacina Sputnik (da Rússia), que não é autorizada no Brasil. Os atuais imunizantes aplicados no Brasil para a covid-19 não utilizam esse composto.
Usando dados e fontes de sua cabeça, Bolsonaro também citou um dado que não existe.
Segundo ele, um relatório britânico teria mostrado que vacinados contra a covid-19 teriam desenvolvido Aids. Apesar disso, os informes semanais do governo britânico não publicaram nada sobre isso (confira os documentos originais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Segundo a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e a Aids. A contaminação pelo HIV se dá apenas por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de objetos perfurantes contaminados e de mãe soropositiva para o filho durante gestação, parto ou amamentação.
Mais cedo, o Facebook e o Instagram também já haviam removido o mesmo vídeo em que Bolsonaro associou as vacinas da covid-19 ao desenvolvimento de HIV.