Durante bate papo em seu Instagram, em que responde pergunta de internautas, o governador do Amazonas Wilson Lima, respondeu a pergunta internauta Sofia Laborda, que questionou sobre os rumores da saída da Coca-Cola do Amazonas.

Wilson prometeu lutar ao máximo, para que nenhuma empresa saia do Polo Industrial de Manaus, e de quebra, acusou um ex-governador de ajudado na saída da Pepsi da Zona Franca de Manaus, além de morar em um hotel de luxo em São Paulo.

“Foi na época daquele governador, você sabe quem é, que só vem aqui a cada dois anos só em época de eleição, aquele que mora lá em São Paulo, em um hotel cinco estrelas”, respondeu o governador.

Quem será o ex-governador? Qual interesse teria em estar sempre em eleições no Amazonas? Essas e outras perguntas devem ser respondidas em breve.

Denúncia de moradia em hotel de luxo trás à tona antigas denúncias

O empresário brasileiro naturalizado americano Juarez Barreto Filho afirmou ter recebido US$ 2 milhões do ex-governador Amazonino Mendes, em um esquema de remessa ilegal de dinheiro para bancos fora do país.

O empresário confirmou para a Folha de São Paulo, que durante a gestão Amazonino Mendes, um representante do governador teria exigido US$ 12 milhões (de dólares), a título de “comissão”, para poder receber a quantia devidade de um contrato firmado entre o governo do Amazonas e sua empresa, no valor de US$ 32 milhões, na venda de geradores elétricos para a Companhia de Energia do Amazonas na época.

Como, segundo o empresário, ele recusou a repassar a “comissão” para o representante do governador, Amazonino então gestor estadual, cancelou o contrato.

Após o prejuízo, o empresário Juarez Barreto Filho, passou a pressionar Amazonino por uma compensasão pelas perdas, já que ele havia desfeito o contrado com a empresa que forneceria os geradores. Amazonino então, enviou US$ 2 milhões para Barreto Filho, como compensação.
O dinheiro enviado a Barreto Filho por Amazonino seria exatamente essa compensação. “Minhas perdas chegaram a US$ 2 milhões. Ele [Amazonino] ressarciu tudo”, afirmou.
O dinheiro foi enviado para as contas de suas empresas -North American e Valley Diesel and Equipament Inc.- no banco Chase Manhattan. “O dinheiro foi enviado pela Beacon Hill, mas quem mandou o dinheiro foi o Amazonino”, disse Barreto Filho à reportagem.

O depoimento de Barreto Filho, concedido à Agência Folha, é a primeira vez que um destinatário final assume ter recebido dinheiro por meio do esquema de remessas para o exterior envolvendo doleiros.

Ação penal

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) transformou, duas denúncias do Ministério Público Federal contra Amazonino em ações penais por acusação de fraudes em licitações e remessa ilegal de dólares.

Uma delas, a ação penal número 357, é resultado de denúncia do subprocurador Eitel Santiago, que investigou um suposto pagamento de comissão de US$ 3,1 milhões a Amazonino para intermediar licitações da empresa North American Export Agencies Inc., de Barreto Filho, em 1988 e 1989.

Amazonino foi denunciado por corrupção passiva. Barreto Filho e o representante da empresa no Brasil, Hugo da Silva Werneck, por corrupção ativa.

A ação está desde o dia 26 no gabinete do ministro César Asfor Rocha aguardando petição para o aprofundamento das investigações de outra remessa ilegal, de US$ 18 milhões, para o exterior, entre janeiro e novembro de 1995.

Os processos misteriosamente foram arquivados ou prescritos, sem terem suas sentenças divulgadas.