Após o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF-AM), embargar a construção de uma creche pré-escola em Itamarati, à pedido da Controladoria Geral da União (CGU) por suspeitas de irregularidade no uso dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o prefeito João Campelo deixou uma cratera no local.

A denúncia recebida pela Controladoria Geral da União (CGU), seria de que João Campelo construiria a creche no valor de R$ 3,5 milhões de recursos provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em uma área de risco de desabamento de barranco.

A AGU identificou impropriedades referentes ao edital de abertura de licitação, que mostrava a necessidade de realização de vistoria do local da obra pelos licitantes, devendo apresentar, inclusive, declaração para tanto sob pena de inabilitação.

A empresa vencedora não apresentou documento e mesmo assim, tal fato foi ignorado pela comissão de licitação e parecer jurídico da prefeitura de Itamarati, que se manifestaram favoravelmente a adjudicação do objeto.

Após embargar as obras, o prefeito João Campelo abandonou o local que agora está desabando.

Um morador da área filmou o local e mostrou o barranco que fica próximo a sua residência, e está em risco de desabamento. “Deixaram um barranco desses, na altura que vocês estão vendo aqui, tá altura de 20 metros de altura pra chegar na minha casa tá um fino”, disse o homem.

Segundo informações do morador, ele e a família moram no local há 50 anos, e a prefeitura prometeu lhe indenizar, após escavarem o local para a construção da creche. Após a obra ser embargada pelo MPF, abandonaram o local e o morador, prestes a ter sua humilde casa, engolida pelo barranco.

“Quem quer morar numa casa dessas? Faltavam um meio e meio pra cair no barranco… Espero que a pessoa [o prefeito João Campelo], tenha consciência e me dê outro terreno com outra casa”, disse o morador emocionado.