Vice-prefeito Renato Júnior é o recordista de processos no MP-AM e TCE-AM e deve ter problemas na justiça

Renato Júnior à frente da Seminf foi um desastre

O vice-prefeito de Manaus Renato Júnior (Avante), conseguiu bater um recorde indigesto nesses últimos doze meses do ano. O ex-titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), acumular 49 processos de investigação em órgãos de fiscalização.

Um levantamento feito no Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), mostrou que Renato Júnior enfrenta diversos problemas com denúncias relacionadas à execução de obras públicas, como irregularidades em contratos fimados entre a Seminf e empresas suspeitas de realizar obras fantasmas.

Além das mais de 49 ações contra o vice-prefeito, pesa sobre sua tragetória, a evolução patrimonial que vem conquistando nesse pouco período de tempo, já que o mesmo passou de R$ 30 mil declarados, para mais de R$ 3,1 milhões em patrimônio.

Outro levantamento mostra que Renato Júnior trabalha como lobista em prefeituras da Região Metropolitana de Manaus, recebendo de contratos através da empresa TOTAL MIX OBRA DE URBANIZAÇÃO LTDA, que está em nome de sua companheira Symonne Araújo Gomes, e seu primo, Matheus Carneiro Aragão Frota.

Processos no MP-AM e TCE-AM

Renato Júnior responde ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), cerca de 21 processos, que apuram irregularidades na sua gestão à frente da Seminf.

Entre as investigações está suspeitas de irregularidades na obra de alargamento da avenida Ephigênio Salles, que teria sido realizada em desacordo com normas ambientais. Outra obra que levou a assinatura de Renato Júnior, é a pintura de pedras portuguesas na ciclovia da Ponta Negra, que pode ter causado dano ao erário.

Inquéritos que tratam da supressão de áreas verdes, como a mata ciliar na rua H2, no bairro Novo Aleixo, e o despejo irregular de resíduos na avenida Dublin, no Planalto, são investigados pelo MP-AM.

Contratos com suspeitas de direcionamento, obras fantasmas e irregularidades diversão, estão sendo alvo de investigação, entre os quais está o firmado com o Consórcio de Empresas Mindu e a dispensa de licitação para a GSD Serviços de Construções Ltda.

Já no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), estão contratos com suspeitas de irregularidades, como a dispensa de licitação na contratação da Construtora Pomar Ltda. para dragagem no rio Tarumã-Açu e irregularidades no Regime Diferenciado de Contratação da obra na Bola do Produtor.

Projetos como a revitalização do Complexo Viário do Manoa, pavimentação do Programa Astalta Manaus, Parque Econtro das Águas e a desobstrução do igarapé do São Raimundo, estão entre as investigações do Tribunal de Contas, por suspeitas de danos ao erário e irregularidades nos contratos.

Não se espante se uma mega operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), possa ser desencadeada a qualquer momento, para recolher documentos e indiciar o vice-prefeito por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro entre outros.