O portal O Abutre relembra as piores contradições e hipocrisias do vereador William Alemão (Podemos), que fazem o político abraçar de forma desesperada a tentativa de aprovação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar a Secretaria de Comunicação Municipal de Manaus.
Promessa de campanha não cumprida
William Alemão faz parte dos 37 vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) que votaram a favor do aumento de cerca de 83% da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), o famoso “cotão”, que subiu de R$ 18 mil para R$ 36 mil mensais para cada parlamentar da Casa Legislativa.
Após aprovação do reajuste veio á tona nas redes sociais um vídeo do vereador dizendo em campanha eleitoral que queria reduzir a cota da verba de gabinete paga a cada vereador no valor de R$ 60 mil. E que assim que estivesse na CMM, esse seria seu primeiro projeto.
“Só pra início de conversa… de todo o resto, tudo… Tem um projeto que eu quero aprovar… E eu vou desafiar você a me ajudar nisso. Sabe qual é esse Projeto de Lei? Baixar em 50% o valor que é pago hoje como verba de gabinete do vereador… Porque cada vereador recebe R$ 60 mil por mês. Baixar para 30 mil e tá mais do que bom, é dinheiro pra p**rra!”, disse Alemão, quando ainda era apenas candidato a vereador, em 2020.
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Cotão para pagamentos de carros que já foram dele
William Alemão gastou R$ 9,5 mil, o famoso Cotão, com aluguel de carros no mês de fevereiro deste ano. Conforme o Portal da Transparência da CMM, o valor foi pago a empresa Lid Car Compra, Venda e Locação de Veículos Ltda., mas o que chama a atenção é que dois dos veículos alugados, na época, já pertenceram ao parlamentar e sua esposa, Juliana Lima de Souza.
De acordo com lista de carros alugados pela empresa para o gabinete do vereador constam um Jeep Renegade 2018 com placa PHL-6914, que foi registrado no nome do parlamentar, e uma van Mercedes de placa PHE-1213, registrado no nome de sua esposa. Os veículos foram vendidos para a empresa em 2021, ano do começo do mandato do parlamentar.
Essas e outras polêmicas são um destaque da hiprocrisia e das contradições do vereador, que quer impor uma CPI para perseguir o secretário de comunicação e os portais de comunicação que prestam serviços à Prefeitura de Manaus.