A vendedora de automóveis BYD Igleiciane de Azevedo Sales, acusada de cometer injúria racial contra a empreendedora Samira Lima Xavier no Bar Salomé, foi demitida nesta terça-feira (10), após a repercussão negativa do caso tomar conta das redes sociais.
De acordo com a empresa Gupro Parvi, responsável pela concessionária da BYD em Manaus, dado as circunstâncias e as proporções que o caso tomou na internet, o comportamento de Igleiciane apontado fora do ambiente empresarial, está em desacordo com o código de ética empregado pelo Grupo Parvi.
Com isso, a funcionária Igleiciane de Azevedo Sales, foi desligada da empresa e já não faz mais parte do quadro de funcionários do Grupo Parvi e da concessionária BYD.
Caso de racismo
Igleiciane de Azevedo Sales, foi vista fazendo gestos obcenos e proferindo palavras racista contra a empreendedora Samira Lima Xavier, que curtia uma noite com as amigas, no Salomé Bar, no Conjunto Vieiralves, bairro do Adrianópolis, zona Centro-sul de Manaus.
O caso ocorreu no último dia 8 de novembro, mas apenas nesta terça-feira (10), ela e as amigas tiveram coragem de denunciar a vendedora.
De acordo com Samira Xavier, tudo começou quando Igleiciane estava dançando, aparentemente embriagada, e passou a bater com seu cotovelo na cabeça de uma das pessoas que estava acompanhando a empreendedora.
As amigas pediram para que ela se afastasse, mas foram respondidas de modo agressivo pela funcionária da BYD. Após novamente Igleiciane esbarrar nas mulheres, uma delas tentou afastar a moça, mas ouviu novamente xingamentos.
“A gente falou pra pedir pra ela afastar, mas ela já tinha respondido grosso e a gente não entendeu. Aí quando a minha amiga empurra ela com o braço, afasta com o braço, ela se vira pra mim e pergunta porque eu toquei nela”, disse Samira.
Após novamente ser advertida pelas amigas, para para de bater com seu cotovelo nelas, Igleiciane teria se virado para Samira e teria dito para “não sujar ela de negro”, se referindo a cor de pele da empreendedora.
“Não toque em mim com essa tua pele negra de macaco. Não me suja de negro”, disse a vendedora.
Câmeras de segurança registraram toda a confusão, que foi levada para o 3º Distrito Integrado de Polícia (Dip), onde foi registrado um Boletim de Ocorrência.
