Após a confusão que tomou conta de uma tentativa de demolição da feira no Conjunto Shangrilá, no Parque Dez nesta terça-feira (21), a Prefeitura recuou esperando conseguir com que a Justiça do Amazonas autorize o despejo dos trabalhadores do local.
Os comerciantes da feira que fica na rua Alexandre Magno, estão no local há mais de 18 anos, mas estão sendo obrigados pela Prefeitura de Manaus, que tem como seu vice-prefeito Renato Júnior (Avante), que se apresenta como ex-feirante, a deixarem seu ganha-pão de lado.
Como o Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) não conseguiu destruir a feira do Shangrilá, eles se voltaram para outra área da cidade.
Na manhã desta quarta-feira (22), feirantes que ocupavam uma área na Rua Marginal, com Avenida Grande Circular, no bairro São José, zona Leste, foram surpreendidos com equipes do Implurb com retroescavadeiras, derrubando toda a estrutura da feirinha.
De acordo com os trabalhadores, não foi apresentado nenhum documento por parte das equipes da prefeitura e iniciaram a demolição dos boxes. Alguns comerciantes denunciaram que não deram um tempo apropriado para retirar suas mercadorias e acabaram perdendo seus investimentos.
“Eles chegaram apenas com os mandados aqui. Não deram uma posição, não mostraram documento explicando do que se tratava isso. Até porque é um documento de autuação, não de notificação, nem de informação de evacuação”, disse um dos comerciantes que não quis se identificar.
Em novo mandato à frente da Prefeitura de Manaus, o prefeito David Almeida (Avante), parece reviver os anos passados, quando um prefeito usava o chamado “rapa” para perseguir ambulantes que só querem trabalhar de forma honesta para sustentar suas famílias.