Superintendente Bosco Saraiva e equipe técnica cumpriram agenda no município de Rio Preto da Eva, a 70 quilômetros de Manaus, para conhecer projetos relevantes e anunciar medidas de apoio aos empreendedores atuantes no Distrito Agropecuário da Suframa
A Suframa cumpriu na manhã desta quinta-feira (29) agenda de visitas a Rio Preto da Eva (a 70 quilômetros de Manaus) para conhecer projetos relevantes desenvolvidos atualmente na área do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS). Durante a ação, que percorreu quatro ramais e teve seu ápice no Centro Social Acateu, o superintendente da Autarquia, Bosco Saraiva, anunciou a retomada do atendimento físico na sede da instituição (localizada no município) e a assinatura de um termo de cooperação buscando apoiar o processo de regularização fundiária na localidade.
As duas medidas buscam beneficiar 3,5 mil famílias ou 12,5 mil pessoas que vivem e dependem hoje do que é produzido no DAS, de acordo com levantamento recente feito pela própria prefeitura da cidade. “Nós fizemos um levantamento detalhado produzido em conjunto com 35 organizações civis para fazer essa cooperação com a Suframa. Queremos aproveitar esse momento de abertura em que temos a presença de um superintendente da Autarquia aqui, para ouvir os anseios dessas famílias, e agradecer pessoas como o senador Omar Aziz, por tornarem isso uma realidade”, destacou o prefeito Anderson Souza.
A ação representou a primeira ida in loco da nova gestão à zona rural de Manaus, cuja localidade integra uma área de aproximadamente 589,3 mil hectares, administrada pela Autarquia e que faz parte do projeto original do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). “Queremos ressaltar que tudo isso faz parte de um projeto amplo do governo do presidente Lula, que passa pelo desenvolvimento de pesquisas para os empresários que quiserem investir nas nossas riquezas naturais, com o advento do novo CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia), a inauguração do Dimicro agora em julho, com a vinda do ministro Geraldo Alckmin a Manaus, até a retomada do atendimento a essas famílias por parte da Suframa, aqui mesmo no município. É doloroso e chega a ser inadmissível a pessoa sair daqui, apanhar todos aqueles ônibus e ainda não ser atendido em Manaus. Nós vamos fazer todo o possível para resolver esses problemas, dentro do que rege a legislação”, frisou Bosco Saraiva. A previsão é que o atendimento ao público na Suframa em Rio Preto da Eva seja retomado em 15 dias.
A convite do próprio Anderson Souza, o superintendente e equipe técnica visitaram lotes de terra cujos empreendimentos são beneficiados pelos incentivos fiscais e pela proximidade com a capital, o que favorece a produção e comercialização de produtos oriundos de projetos agropecuários, agroindustriais, agrícolas, de mineração e de turismo.
Ramais
A ação desta quinta-feira foi centrada na piscicultura, citricultura e na própria agropecuária.
No campo da piscicultura, o primeiro ponto visitado localiza-se no quilômetro 11, no ramal conhecido como ZF 07B. De propriedade do senhor Alexandre Santiago, a unidade produz de 6 mil a 7 mil tambaquis, por tanque, sendo 500 toneladas por ano, e assim consegue espaço para abastecer um mercado bem concorrido que hoje chega a 90 mil toneladas do produto comercializados em Manaus e em outras localidades do Amazonas.
Fora a constante queda de energia, que dificulta o avanço na produção e, consequentemente, a venda do pescado de uma forma que não seja somente in natura, justamente para justificar o investimento, o negócio iniciado em 2021 continua bem ativo. “Apesar de alguns problemas, Rio Preto da Eva é o ponto estratégico para se montar negócios na área do agro no Amazonas. Aqui temos incentivos da Suframa, o que os outros não têm”, destacou Alexandre Santiago.
A segunda localidade a receber a comitiva foi a Fazenda Acauã, no quilômetro 26, também no ramal ZF 07B. A área corresponde a mil hectares e parte dela é utilizada para a plantação de café. “Aqui, o negócio tem nome: Café Robusta Amazônica”, frisou o agricultor, empreendedor e ex-prefeito Fúlvio Pinto.
Na terceira parada do dia, o grupo conheceu o trabalho realizado há 23 anos pelo paranaense Marcos Sérgio, no Sítio Paraná, situado no quilômetro 10, ZF 07A. Frutas cítricas como limão e principalmente laranja fazem parte da produção diária e da história de uma família que veio para o norte, atraída pela grande quantidade de terras e as facilidades fiscais oferecidas. “Já faz 23 anos. É um sonho realizado. Agradeço a Suframa por isso”, disse, emocionado.
A última visita ocorreu no sítio Toca da Pitaia que, como próprio nome já diz, produz a fruta pitaia numa área de 65 hectares. Criado há pouco mais de dez anos, o negócio chegou a 120 mil pés e já é considerado um dos maiores do Brasil no ramo. O abastecimento é todo destinado para Manaus, mas o excedente vai para Boa Vista (RR). Segundo o proprietário, Cleber Adauto de Medeiros, o projeto está em fase de expansão e inaugura, nos próximos dias, uma unidade de processamento e congelamento no bairro Novo Aleixo, zona Norte, para exportação do produto. No momento, a Toca da Pitaia beneficia 25 famílias, de forma indireta.
Equipe
Além de Bosco Saraiva, a Suframa foi representada na ação pelo superintendente adjunto Executivo da Autarquia, Luiz Frederico Aguiar, e pelo coordenador geral de Análise e Acompanhamento de Projetos Agropecuários, Sérgio Muniz. Os três foram assessorados por um grupo de técnicos da unidade que atuam diretamente no DAS.