
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) denunciou nesta semana que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) está obrigando professores da rede pública a utilizarem seus próprios celulares e equipamentos pessoais para operar o novo sistema de Diário Digital, que entrará em funcionamento a partir da próxima segunda-feira, 25 de agosto.
Segundo o sindicato, a ferramenta será implantada inicialmente na Educação Infantil e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), mas sem que a secretaria tenha fornecido computadores, tablets ou celulares para os docentes. Dessa forma, os profissionais estão sendo pressionados a usar aparelhos particulares para realizar registros obrigatórios de frequência e conteúdo ministrado em sala de aula.
O problema foi evidenciado durante o treinamento de implantação do Diário Digital, realizado no último dia 21, no auditório da Semed. No encontro, conforme relato da Asprom, os professores foram informados de que não receberiam nenhum equipamento e que, ainda assim, o sistema seria de uso compulsório já na próxima semana.
“É inadmissível que a secretaria transfira para o professor uma obrigação que deveria ser garantida pela gestão pública. O trabalhador não pode ser forçado a usar seu bem pessoal, adquirido com recursos próprios, para cumprir uma exigência institucional. Isso é ilegal e desrespeitoso”, criticou a diretoria do sindicato em nota.
A Asprom afirma que levará a denúncia às autoridades competentes, cobrando providências e a suspensão da medida até que a Semed disponibilize infraestrutura adequada nas unidades escolares.
“Daqui a pouco, vão querer que o professor pague para dar aula. É o cúmulo da desvalorização da nossa categoria”, conclui o documento.


