O parlamentar defendeu a geração de emprego e renda que a atividade leva para a Calha do rio Madeira

O extrativismo mineral na calha do rio Madeira foi pauta na sessão deliberativa da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (30). Da tribuna, Sidney Leite (PSD-AM) defendeu a geração de emprego e renda que a atividade representa para a região.

O assunto ganhou força na última semana, quando diversos veículos de comunicação noticiaram os “cordões” de balsas de mineração que se formaram no rio Madeira, próximo ao município de Autazes.

De acordo com Sidney, a atividade não é desenvolvida por grandes extratores, e sim por homens e mulheres simples, extrativistas familiares, que buscam o sustento de suas famílias. “Quem está lá é quem veio da exploração da borracha e da castanha, e que sem alternativa, viraram extratores minerais. Essa realidade perdura há mais de 40 anos, aquelas balsas não apareceram ontem.” salientou.

Além de Autazes, outros municípios amazonenses também contam com a presença dos garimpeiros, como é o caso de Humaitá, Manicoré, Novo Aripuanã e Borba. Segundo o deputado, a extração mineral representa muito para a economia dos municípios.

“A extrativismo é responsável por cerca de 40% da economia de Humaitá, seguido por 30% de Manicoré, 20% de Novo Aripuanã e 15% em Borba. Toda essa cadeia produtiva conta com mais de 38 mil famílias que ali trabalham, que geram desenvolvimento econômico.” enfatizou Sidney.

Regularização ambiental

Em agosto deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) condenou o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) a anular licenças concedidas para as atividades de extração de ouro no leito do rio Madeira. A sentença reafirmou uma decisão liminar de dezembro de 2017 nesse mesmo sentido.

“As políticas governamentais simplesmente excluem esse trabalhador. Ele só ouve dizer ‘não tem, não pode, não dá’. Esse trabalhador é tratado pior do que um traficante, quando só quer dar o sustento para sua família. Aqui faço um apelo, para o ministro do Meio Ambiente, para as estruturas de polícia, que revejam esse posicionamento. Nós não podemos aceitar que um pai ou mãe de família seja tratado que nem um bandido.” finalizou o deputado.