
Motoristas e cobradores voltaram a paralisar 100% da frota de transporte coletivo na manhã desta sexta-feira (12/09), deixando mais uma vez a população refém do transporte por aplicativo.
O trabalhadores do sistema rodoviários, paralisaram os veículos ao longo das ruas do Centro de Manaus, obrigando os passageiros a descerem dos coletivos e caminhar para chegar aos seus compromissos.

Os rodoviários cumpriram as ameaças que fizeram nesta quinta-feira (11/09), quando paralisaram 100% da frota no início da tarde, deixando mais de 600 mil usuários sem transporte coletivo em Manaus.
Ontem, o Sinetram junto com a Prefeitura de Manaus intermediaram uma reunião com os empresários e o Sindicato dos Rodoviários, prometendo que quitariam os salários atrasados, o que novamente não ocorreu, forçando os trabalhadores a deflagrarem uma greve geral.
O Sinetram atrelou o pagamento dos salários da categoria, ao pagamento dos valores da meia passagem estudantil pelo Governo do Amazonas.
Já o Governo do Amazonas afirmou que já depotiou em juízo, os mais de R$ 19 milhões para subsidiar o Passe Livre Estudantil dos alunos da rede estadual de ensino, mas o Sinetram não possue a certidão negativa, para receber os valores que estão disponíveis.
O governador Wilson Lima (UB), reforçou que a responsabilidade pela manutenção do transporte coletivo municipal é da Prefeitura de Manaus e não do Governo do Estado, como tentam iludir a população.
“É bom deixar claro que o transporte coletivo é de responsabilidade da prefeitura e não do Governo do Estado do Amazonas. Nós temos um compromisso de pagar a meia passagem do aluno [da rede estadual], que custa R$ 2,50. Nós tentamos conversar com o Sinetram, tentamos conversar com a prefeitura, mas eles não aceitaram o pagamento do Governo do Estado”, disse Wilson.
Em agosto, o estado realizou um depósito judicial de R$ 19 milhões, mas em 3 de setembro a Justiça determinou a devolução dos valores para que fossem pagos diretamente ao Sinetram, como sempre foi a intenção do governo.
“A Justiça já comprovou que o valor que o estado tem que pagar é de dois e cinquenta e não uma conta que é apresentada pela prefeitura e pelo Sinetram de oito reais, isso não existe”, reforçou Wilson Lima.
O governador explicou, ainda, que o Sinetram, além de ter se recusado inicialmente a receber o recurso, apresentou número de conta bancária divergente e está com as certidões negativas desatualizadas, o que impede a efetivação do pagamento.
Por fim, o governador Wilson Lima se solidarizou, com a população de Manaus, afetada pela paralisação do transporte público, e com os trabalhadores rodoviários. “A minha solidariedade ao povo de Manaus, aos rodoviários, que estão sendo prejudicados. E o Estado está aqui à disposição para colaborar com aquilo que estiver dentro das suas competências”.


