A cidade de Manaus acordou nesta terça-feira (15), com a greve dos trabalhadores do transporte coletivo, como prometido pelo Sindicato dos Rodoviários, que cobram o reajuste salarial de 12% da categoria, além de cobrarem da Prefeitura de Manaus, a permanência dos cobradores nos ônibus.
A possível retirada dos cobradores dos coletivos pela Prefeitura de Manaus, tem causado revolta entre os trabalhadores, que veem na proposta um ataque direto ao emprego de centenas de profissionais. Segundo o presidente do sindicato, Givancir Oliveira, o assunto já foi discutido durante a assembleia da categoria.
“Não aceitaremos o fim dessa função. O cobrador é essencial para o bom funcionamento do transporte coletivo, especialmente em uma cidade como Manaus, onde ainda há muitos passageiros que dependem do pagamento em dinheiro”, afirmou Givancir durante assembleia na sede do sindicato.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Manaus Givancir Oliveira, cerca de 30% da frota de ônibus não saíram das garagens nesta terça-feira (15), cumprindo determinação judicial que proibia a paralisação de 100% da frota, como prometido pelo sindicato.
A atual frota de transporte coletivo em Manaus é de 8.059 ônibus, e destes, mais de 2.400 estão parados nas garagens. Ainda segundo o sindicato dos rodoviários, 70% dos ônibus estarão nas ruas nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h, e 50% nos demais horários.
A categoria reivindica um reajuste salarial de 12% referente à data-base de maio, além da manutenção dos cobradores nos ônibus, cargos que correm risco de extinção.
A greve vem sendo anunciada durante a semana e nesta segunda-feira (14), foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários, que foi obrigado por uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, que 70% da frota circule nos horários de pico (6h às 9h e 17h às 20h) e 50% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 60 mil por hora de descumprimento.
Com a redução da frota, passageiros relataram longas esperas nos pontos de ônibus, enquanto outros optaram por serviços de transporte por aplicativo, causando sobrecarga nas plataformas e congestionamentos virtuais na busca por motoristas.