Professora Jacqueline cria polêmica ao homenagear advogado condenado à tentativa de feminicídio da ex-namorada em Manaus

Indo contra o discurso de ser alguém que defende a causa feminina, a vereadora Professora Jacqueline (UB), homenageou o advogado Marcelo Gonçalves de Oliveira, condenado a 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por tentativa de feminicídio contra a ex-namorada.

O caso ocorreu em 2021, quando Marcelo Gonçalves foi preso após espancar e tentar matar a ex-namorada por estrangulamento, em sua residência na zona Leste de Manaus.

Marcelo foi condenado pelo Tribunal do Júri em 2024, a uma pena de 0 anos e 11 meses de prisão em regime fechado, mas não chegou a cumprir sua sentença. A mãe de Marcelo Gonçalves é juíza e teria supostamente intervido no caso do filho.

A vereadora Professora Jacqueline homenageou o condenado a tentativa de feminicídio, pelo dia do advogado em sessão solene na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o que causou polêmica nas redes sociais.

A mãe da vítima de Marcelo Golçaves fez questão de mostrar sua indignação por meio de suas redes sociais, afirmando que a homenagem de Jacqueline ao agressor, é uma “afronta à justiça e às mulheres”.

“Como pode um réu condenado por tentativa de feminicídio ser considerado exemplar? Este não é apenas o meu grito de dor como mãe, mas um apelo por justiça, transparência e responsabilidade”, escreveu a mulher.

Entenda o caso

Marcelo Gonçalves de Oliveira teria sequestrado a ex-namorada e alevado para uma casa na zona Leste de Manaus, onde a torturou e tentou assassiná-la por estrangulamento.

O homem fugiu do local acreditando que a vítima estava morta, mas a jovem foi salva por uma vizinha que seria enfermeira, e a socorreu, encaminhando ela ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, onde precisou de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Durante o julgamento, a vítima relatou ter sofrido perseguição e ameaças antes do ataque. Marcelo negou as acusações, mas foi condenado por unanimidade pelo tribunal do júri.

Além da pena privativa de liberdade, ele foi sentenciado ao pagamento de indenização de 20 salários mínimos à ex-namorada. No entanto, permanece livre e recebendo homenagens como se tivesse uma conduta ilibada.